Hoje é feriado no Brasil. É dia de Nossa Senhora Aparecida, rainha e padroeira do Brasil. Oficialmente desde 1980, a santa
preferida dos brasileiros é um fenómeno de fé que dura há 300 anos e orienta a
vida espiritual, afetiva e a social de milhões e milhões de brasileiros.
A história remonta ao início do século XVIII e dá conta da
surpreendente pesca de uma imagem de Nossa Senhora, por uns pescadores ávidos de
boa pescaria, que rapidamente deu origem a uma pescaria soberba e abundante.
Ao longo dos séculos, a padroeira dos rios e dos mares, do
ouro e do mel, foi ganhando devotos e dando corpo à fé dos brasileiros, que
são, como bem sabemos, um povo místico.
Devido à dimensão humana do Brasil e à devoção que o seu
povo sempre teve por Nossa Senhora Aparecida, o seu santuário tornou-se num
dos santuários marianos mais visitados do mundo a par de Lourdes, Fátima ou Guadalupe;
em certo sentido, até os ultrapassa, pois é um fenómeno religioso mais antigo e
profundamente enraizado na alma brasileira.
O que faz um cético ou um agnóstico quando observa toda
esta devoção? Tem a tentação de racionalizar, de criticar, de contrapor, de expor
as suas contradições, mas devia tentar outra abordagem.
Pensar como é importante a fé na vida de milhões de pessoas
e como ela se tornou na força motriz das suas vidas. Tentar perceber como, apesar
de todas as críticas e evidências racionais, uma devoção, uma crença, uma fé é
tão necessária ao ser humano.
GAVB
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