Passo Coelho deve adorar calvários, vias-sacras, autoflagelações.
Só assim se justifica que não atue com a sagacidade e a rapidez que se exige a
um político, aproveitando o momento mediático, de que o político tanto vive.
Passos Coelho ainda
não percebeu que todo o PSD espera a sua demissão? Passos Coelho não notou que
a ausência de contundência do PS, do BE e do PCP para com os seus resultados
equivale a uma certa dose do pena do líder social-democrata?
Passos esperou que o diabo lhe devolvesse o céu, mas o
diabo não chegou e ele é que foi para o inferno. Paulo Portas seguiu o seu caminho,
ao percebeu que o seu tempo tinha passado; Assunção tratou de se afirmar
candidatando-se a Lisboa e não recuando quando Passos resolveu não subscrever
uma candidatura conjunta, para lançar Teresa Leal Coelho.
Enquanto Passos andava amuado e ressabiado por não
governar, apesar de ter ganho as eleições, os candidatos autárquicos do PSD
ficavam abandonados e notava-se que tinham sido quarta ou quinta escolha.
Passos foi para estas eleições autárquicas sem estratégia, sem força, sem unir
o Partido. As principais figuras do PSD não se disponibilizaram para ser
candidatar nem para aparecer durante a campanha eleitoral.
De dentro, o
silêncio é de quem espera pacientemente que o líder tenha a dignidade de sair
pelo próprio pé; por fora, os adversários políticos externos já lhe desejam longa
vida.
Será que Passos não percebe que deixou o PSD fora do
Governo, fora das autarquias mais importantes do país e apenas como um partido médio no
panorama político nacional? Que tem mais que refletir Passos Coelho? Quer ser
árbitro da próxima contenda interna? Quer marcar o ritmo e a estratégia do PSD
nos próximos anos? Quer condicionar o futuro líder? Que tontice!
António José Seguro tinha ganho as eleições de 2013 e, porque a sua vitória foi uma vitoriazinha, António Costa tratou de correr com
ele. Hoje quem se lembra do Tozé Seguro?
GAVB
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