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domingo, 8 de outubro de 2017

QUANDO REGRESSAM OS GUARDAS-FLORESTAIS?



Era esta a pergunta que gostava de fazer ao primeiro-ministro de Portugal, António Costa, ou não fosse ele o responsável político pela extinção de uma carreira que tanto fez pela proteção da nossa floresta.
Foi há mais de dez anos e desde então Portugal perde assustadoramente floresta, tem as populações rurais em constante sobressalto, gasta dinheiro em indemnizações e ajudas às populações consecutivamente afetadas com os incêndios e conforma-se com a morte de centenas de pessoas.

Quanto custou ao país este péssima medida administrativa do então (2006) Ministro da Administração Interna, António Costa? Será que não há por aí uma consultora para fazer o cálculo das perdas ou isso não interessa nada?
O guarda-florestal vivia na floresta, conhecia-a, interagia com ela e protegia-a. As matas estavam limpas, os acessos facilitados, além de se fazer um aproveitamento económico muito mais interessante da floresta.

Os tostões que se pouparam nestes últimos dez anos nem devem ter chegado para a água que os bombeiros gastam anualmente para tentar acorrer a todos os fogos. Perdemos o serviço do guarda-florestal, mas convém lembrar que lhe continuámos a pagar, já que os guardas-florestais foram integrados na GNR. Resumidamente, a medida foi uma perfeita estupidez. Pior ainda foi o não emendar da mão. Há um ano, o secretário de estado da administração interna, Jorge Gomes, disse aos jornalistas, a propósito de mais uma onda de incêndios, que estava fora de questão reativar a carreira de guarda-florestal. Argumento: já tinham passados dez anos e não estava para pagar suplementos remuneratórios a tão específica carreira da administração pública, em vias de reativação.

A floresta e os bombeiros agradecem tão lúcida visão governamental. Entretanto vai  pelo país uma fumarada monumental, o ar está irrespirável, há populações em perigo, mas no pasa nada


GAVB

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