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terça-feira, 30 de maio de 2017

O INIMIGO AMERICANO



Markel foi dura com Trump e Macron embaraçou Putin, mas as atitudes dos líderes europeus nada Maisa​ são do que a confissão de um sentimento de mau estar e impotência face à nova configuração política mundial.
Merkel disse que já não se pode confiar na América de Trump e Marcon acusou os media russos de ingerência na vida política francesa, de conivência russa com os ataques, com armas químicas, do governo sírio, da perseguição aos gays na Tchetchénia. Putin nem sorriu nem respondeu, ao contrário de Trump que logo avisou que Merkel não perdia por esperar, lembrando que os ingleses estão de saída da União Europeia. 
Trump parece desconsiderar os europeus, onde só lhe interessa a Inglaterra, e elegeu como aliado Putin. A luta comercial será com a China.

E por que trata o presidente americano tão mal a Europa? Em primeiro lugar porque não tem nível político nem cultural para ir além da boçalidade; em segundo lugar, porque a Europa está tão fraca como nunca esteve. 
O poder da Europa residia na sua união, que foi quebrada com a saída da Inglaterra. Depois, a crise económica e a maneira miserabilista como a Alemanha quis castigar o despesismo dos países do sul (Itália incluída) quebrou a unidade, a moral e a força da União Europeia. A crise dos refugiados foi a machada final. Hoje Merkel fala quase sozinha; ninguém a segue com entusiasmo nem convicção e a França de Macron está como o tolo no meio da ponte – entre dar força à posição da Alemanha ou ser a guardiã dos mais pobres.

Sem liderança, sem União, sem convergência económica, sem alma humanitária, a Europa dos burocratas caminha para a desagregação, por mais países que entrem na UE. Trump aposta nisso e Putin também. Os chineses esperam para ver, pacientemente como é seu timbre.
É difícil caminhar com uma dívida às costas, mas também é difícil lutar contra outro gigante quando os soldados deixam de acreditar no chefe, depois de tantas injustas humilhações. Nessa altura até o mais fiel e antigo amigo parece abandonar-te.

A força dos grandes começa no Respeito pelo mais pequenos.
GAVB

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