O Papa Francisco volta a atacar um dos grandes cancros da
Igreja Católica: a santa hipocrisia. Disse Francisco, sem papas na língua: “O
que é um escândalo? É dizer uma coisa e fazer outra, é a vida dupla. Eu sou muito católico, vou à missa, pertenço
a esta ou àquela associação, mas a minha vida não é cristã, não pago com justiça
aos meus empregados, aproveito-me das pessoas, faço negócios sujos”. (…) “Para
ser um católico como esses, era melhor ser ateu.”
Francisco só não tem razão numa coisa: na referência ao
ateu. Ser ateu não é um mal menor, mas uma opção (às vezes nem isso) de vida,
no que diz respeito à relação do Homem com o transcendente.
Finalmente, o papa Francisco começa a ser duro com os seus,
chamando-os à atenção, lembrando-lhes que o pior dos pecados é o pecado
consciente e dissimulado.
Francisco fala da sua Igreja, das suas falhas imperdoáveis,
da sua responsabilidade social. Ser cristão é assumir uma conduta ética e moral
irrepreensível. Claro que pode haver falhas, mas elas têm que ser pontuais e
devem ser corrigidas, e muitas vezes isso é possível. Quem não procede assim
não pode ser considerado cristão. Quero lá saber se é batizado, se vai à missa
ou pertence à Opus Dei. Ele mesmo sabe que Cristo não o reconheceria como um dos
seus, por isso não vejo razão para a Igreja o reconhecer.
Ao contrário do que Francisco diz, “aquele que não paga com
justiça aos seus empregados, aquele que se aproveita dos outros e faz negócios
sujos” não tem uma vida dupla, já que que a única vida que conhece é aquela que
pratica. Quando vai à missa, faz o ato de contrição ou comunga como ar
angelical só mostra que não tem vergonha na cara, pois caso a tivesse nem lá
punha os pés.
Este tipo de gente não é cristã, mas envergonha o
cristianismo. E é disso que Francisco tem de tratar. Quanto aos ateus, é
rebanho de outro pastor.
GAVB
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