Etiquetas

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

O CRISTÃO DE VIDA DUPLA E O ATEU


O Papa Francisco volta a atacar um dos grandes cancros da Igreja Católica: a santa hipocrisia. Disse Francisco, sem papas na língua: “O que é um escândalo? É dizer uma coisa e fazer outra, é a vida dupla. Eu sou muito católico, vou à missa, pertenço a esta ou àquela associação, mas a minha vida não é cristã, não pago com justiça aos meus empregados, aproveito-me das pessoas, faço negócios sujos”. (…) “Para ser um católico como esses, era melhor ser ateu.”
Francisco só não tem razão numa coisa: na referência ao ateu. Ser ateu não é um mal menor, mas uma opção (às vezes nem isso) de vida, no que diz respeito à relação do Homem com o transcendente.
Finalmente, o papa Francisco começa a ser duro com os seus, chamando-os à atenção, lembrando-lhes que o pior dos pecados é o pecado consciente e dissimulado.

Francisco fala da sua Igreja, das suas falhas imperdoáveis, da sua responsabilidade social. Ser cristão é assumir uma conduta ética e moral irrepreensível. Claro que pode haver falhas, mas elas têm que ser pontuais e devem ser corrigidas, e muitas vezes isso é possível. Quem não procede assim não pode ser considerado cristão. Quero lá saber se é batizado, se vai à missa ou pertence à Opus Dei. Ele mesmo sabe que Cristo não o reconheceria como um dos seus, por isso não vejo razão para a Igreja o reconhecer.
Ao contrário do que Francisco diz, “aquele que não paga com justiça aos seus empregados, aquele que se aproveita dos outros e faz negócios sujos” não tem uma vida dupla, já que que a única vida que conhece é aquela que pratica. Quando vai à missa, faz o ato de contrição ou comunga como ar angelical só mostra que não tem vergonha na cara, pois caso a tivesse nem lá punha os pés.
Este tipo de gente não é cristã, mas envergonha o cristianismo. E é disso que Francisco tem de tratar. Quanto aos ateus, é rebanho de outro pastor.

GAVB

Sem comentários:

Enviar um comentário