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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

EM TEORIA O AMOR É ABSOLUTO, MAS A PRÁTICA RELATIVIZA-O



Obviamente que o amor começa eterno, apesar de ninguém durar para sempre.
Sem dúvida que não há nada mais importante que o Amor, embora as reuniões de trabalho sejam inadiáveis, os compromissos com os amigos sagrados e as responsabilidades ponderosas.

O Amor é aquela parte da nossa vida em que não admitimos ser apenas medianos, mas a realidade demonstra que há vezes a mais em que desistimos ou fazemos falta de comparência.
Falar em absoluto e em eternidade tem uma beleza poética arrebatadora, mas o Amor consome muito mais do que palavras.

Mais interessante do que dizê-lo absoluto é torná-lo total e permanente. É fazê-lo crescer e ganhar todas as pequenas batalhas do quotidiano. É possível que sejamos bem-sucedidos como é possível sairmos derrotados ou até descobrirmos que até nem ficámos descontentes com alguns insucessos.

Há gente para quem o Amor é relativo, ou seja, apenas mais uma vertente da sua vida; numas alturas sobressai, noutras fica à espera de melhor oportunidade.
Também no Amor há gente que não deseja mais do que a mediania e não há nenhum mal nisso. Não temos todos de gostar de poesia. Todavia, desconfio que há sempre um vazio quando não descobrimos o nosso absoluto. Essa maravilhosa utopia que nos faz sonhar, correr com loucos, empenhar recursos e tempo…
É possível viver sem Amor, mas é muito doloroso vivermos sem nós!
GAVB

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