No início eram só uns sms
hardcorde entre pessoas que se amavam, mas rapidamente evoluiu para troca de
fotografias em poses íntimas e pequenos vídeos eróticos.
O problema é que as pessoas zangam-se com muita facilidade e relações de intenso amor transformam-se em
relações de intenso ódio. Tornar público e viral aquilo que era íntimo
transformou-se no meio mais fácil de vingança, quando uma relação termina mal.
O sexting não é mais do que a
divulgação indevida e criminosa de conteúdos eróticos multimédia na internet,
envolvendo outra pessoa, normalmente um(a) companheiro(a).
Os smartphones, com as suas
múltiplas apps (snapchat, viber…) tornam esta intolerável prática um vírus difícil
de controlar.
São cada vez mais os
adolescentes e jovens adultos a depositarem tão levianamente a sua intimidade
nos smartphones dos outros. Na maior parte dos casos, as imagens (fotos e
vídeos) não são apagadas e servirão como meio de chantagem e/ou humilhação.
A primeira pergunta que me
ocorre é: Por que o fazem? Como é possível uma juventude tão bem informada cometer
um erro tão infantil e tão crasso?
O sexting comprova uma mudança
de paradigma comportamental, no que diz respeito ao sexo e à intimidade de cada
um: onde antes havia pudor em revelar, agora há necessidade de mostrar.
Erradamente, muitos jovens
acham que aprofundar uma relação significa a quebra da intimidade, a busca
constante de adrenalina, o risco absoluto, sem medir consequências,
especialmente a nível psicológico.
Nenhuma relação nasce ou
cresce sem sentimento, por isso o sexting produz sempre um impacto brutal em
quem é atingido.
Quer nos EUA quer na Europa há
já casos de automutilação, estados depressivos e suicídios, provocados pelo
sexting, porque há pessoas que não suportam a exposição pública, a vergonha e a
humilhação.
A vida sexual de cada um é uma
coisa íntima e a intimidade não é pública nem publicável e muito menos
negociável.
GAVB
Quando a mesquinhez do desejo de vingança, a necessidade de se auto-valorizar expondo-se se sobrepõem aos valores morais, começa o declínio dos valores morais de uma sociedade.
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