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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

PORTUGAL: O PAÍS QUE SEDUZ ESTRANGEIROS E ENXOTA PORTUGUESES


Ainda estão bem presentes na memória dos portugueses as inspiradas palavras de Passos Coelho à juventude portuguesa nos primeiros tempos da sua governação: “queridos jovens, se querem ganhar a vida, o melhor é emigrarem”. E foi o que muitos fizeram, a maioria a contragosto, com as saudades a apertarem o coração. Obviamente, a maioria não voltou nem pensa voltar, mas Passos não tem remorsos disso. Foi um peso que lhe tiraram das costas.

Ao mesmo tempo, Passos lançou um programa para atrair estrangeiros a Portugal, especialmente gente idosa e que tivesse boas reformas. Prometeu-lhes isenção de IRS. Como os reformados portugueses gostavam de ser estrangeiros… mas não são. E para não perder clientela, procurou seduzir também “todos os outros”, prometendo cobrar-lhes apenas um máximo de 20% de IRS, independentemente das remunerações que auferissem. Quem não gosta de propostas destas? Desde de 2013, o número de pedidos já passou os dez mil. Só no ano de 2016 passou os três mil e em 2017 já ultrapassou os seis mil! Não há país como Portugal para ofertar! Já os portugueses podem pagar mais do dobro de IRS que “aguentam, aí aguentam”, que remédio! A geringonça governamental anuiu à imoralidade e a iníqua lei lá continua.

Não está em questão a boa intenção de atrair capital estrangeiro a Portugal, mas o princípio tão parolo de “apenas o que é estrangeiro é que é bom”. Entre o dinheiro que se ganhou com a entrada divisas estrangeiras e o que se perdeu na sub-cobrança de impostos, que balanço positivo houve? Não seria mais patriótico escolher determinado grupo de portugueses para fazer essa discriminação positiva?

Um país não é um banco. Um país é, antes de mais, um conjunto de pessoas com identidade comum e que devem estar sempre em primeiro lugar para o seu governo. Todos os esforços devem centrar-se neles. Não se pode dizer que não há dinheiro nem benesses para investir em portugueses, mas há para ingleses, franceses ou dinamarqueses.
Gosto que os estrangeiros nos visitam, queiram cá morar, mas gosto muito mais que os portugueses não tenham de partir.

GAVB

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