É claro que não estamos no
Egipto, nem no mítico Vale dos Reis, mas em Lisboa, no Pavilhão de Portugal; e
aquelas não são as peças originais que Carter descobriu há quase um século, no
túmulo quase intacto do faraó Tutankamon, mas as réplicas dos tesouros egípcios
encontrados pelo arqueólogo inglês são perfeitas e têm o tamanho real dos
magníficos objetos que o mais famoso faraó levou consigo para o secreto túmulo.
Ainda que pareça paradoxal, o provável filho de Akhenaton (responsável pela passagem do politeísmo ao
monoteísmo, no Antigo Egipto) deve grande parte da sua fama à descoberta do
seu túmulo por Howard Carter.
Como a generalidade das
pessoas sabem, Tutankamon morreu muito jovem, mas as riquezas que levou consigo
para a derradeira viagem foram tão esplendorosas que a descoberta de Carrter
permitiu criar À sua volta uma lenda fantástica.
A Exposição “Tutankamon –
Tesouros do Egipto”, que pude observar há dias, é interessante, na medida que
nos dá a dimensão real dos objetos e da sua riqueza. Sobressai, obviamente, o tríplice
caixão, onde os restos mortais do faraó foram guardados e a sua magnífica
máscara de ouro.
Outro objeto que também chama
a atenção de qualquer visitante é o fabuloso trono real, símbolo do poder do jovem faraó. Apetece mesmo experimentá-lo, mas infelizmente não é possível.
As trinta e três peças em exposição –
vasos de alabastro, o barco que transportava a arca funerária, objetos pessoais
do faraó, a arca canópica (onde estão as vísceras de Tutankamon) – permitem-nos uma
visão sucinta da riqueza, do poder e do conhecimento que os egípcios já
detinham há mais de 3300 anos.
O preço dos bilhetes não é
exagerado e uma hora de visita é suficiente para captar o essencial desta
mostra. Embora o visitante tenha informação suficiente ao longo de todo o
percurso da exposição, se ela fosse animada por um guia, provavelmente, ela
teria um impacto maior em cada um de nós.
GAVB
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