O poder da rádio é dar asas à
nossa imaginação.
Através da voz, desenhamos a
objetiva realidade à medida da nossa subjetividade. É a voz que imprime
dramatismo às histórias ou as torna divertidas; é a voz que prende ou nos distrai;
é a voz que nos guia através dos sonhos ou nos faz mais atentos aos factos.
Hoje é o dia mundial da rádio,
essa companheira de muitas horas de insónias, de várias viagens, algumas
decisões.
Hoje a rádio vive exilada no
carro, onde nos relaxa, aconselha, distraí. Apesar da televisão, da internet ou
do smartphone, a rádio não perdeu importância nem encanto. Renovou-se e
especializou-se, tornando-se mais intimista.
A rádio aposta tudo na relação
de confiança com os seus ouvintes. Essa confiança faz-se tanto da credibilidade
das notícias como do bom gosto da música ou da inovação editorial.
Nenhum meio
de comunicação se reinventa tanto como a rádio. É esse o truque da sua
longevidade e sedução. Da informação ao entretenimento, as ideias de
comunicação mais fascinantes começam na rádio.
Há coisas que a rádio faz
melhor que a televisão, a internet ou os jornais: a rapidez da informação em
direto, o poder magnético da música, a companhia de longa duração.
A rádio é uma espécie de amigo
de que nunca nos cansamos e jamais se cansa de nós. Amanhã, quando chegarmos ao
carro e colocarmos o cinto, tocaremos ao de leve no seu ombro e diremos o que
dizemos sempre,
Então, pronto para mais uma
viagem?
Gabriel Vilas Boas
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