A frase é do grande Millôr Fernandes e desafia-nos a enfrentar
os nossos desejos. Na maioria das vezes eles apenas transgridem os limites que
impusemos aos sonhos.
Há três anos deixei de resistir à tentação de escrever, que
sempre foi um pecado quase tão grande como conversar ou fazer amigos.
Mais de mil dias depois, o “sete pecados (i)mortais” é um
blogue muito diferente daquilo que eu tinha pensado. Ocupa-me mais tempo, obriga-me a reparar, a
pesquisar, a reformular opiniões. Cresceu muito e depressa, ultrapassando as
minhas melhores expectativas.
O primeiro post continua a ser um farol: “Espero que este
blogue se torne na celebração da beleza, da criação, da amizade, da vida.”
Viver é uma grande tentação e uma enorme sabedoria. A vida de cada um torna-se mais bela quando deixamos que o poder criativo dos outros a influencie. Um quadro, um poema, uma peça de teatro, um filme, um monumento são expressões do enorme amor que o ser humano tem pela vida e pelos outros.
No dia em que “O sete pecados (i)mortais” completa três
aninhos convido-vos a trazer de volta, às vossas vidas, as paixões ou tentações,
que os trabalhos de todos os dias fizeram adormecer. Ir ao cinema, ler,
desenhar, pintar, conversar… Cada sabe conhece melhor que ninguém o talento que
sufocou. Ele é o melhor passaporte para voltem a desfrutar da vida. E tal como
vos disse há três anos, continuo a pensar que devemos desfrutar da arte e da
amizade, porque “desfrutar é um prazer de sábios”!
GAVB
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