Ainda não é, mas devia ser! Hoje a DECO apresentou um
estudo, onde demonstra que a carne já picada, comprada em talhos de Lisboa
e Porto (e não apenas a embalada nos supermercados) contém bactérias nocivas,
aditivos alergénicos, sulfitos em grande quantidade e demasiada gordura. A Deco
não só desaconselha a compra de carne já picada pelos talhos, como pede ao
governo que proíba a sua venda.
Não é um estudo surpreendente, pois há muito que todos já suspeitávamos que os talhos empurravam, para as embalagens de carne picada, hambúrgueres e almôndegas, todas aquelas sobras de gordura e alguma carne de duvidosa qualidade, que devia ir para o lixo. Infelizmente, a ASAE, nos últimos anos, passou do oitenta para o oito e aligeirou demasiado o seu trabalho. Ainda hoje, perante este estudo tão perentório da DECO, a ASAE diz estar atenta (nota-se!) e "admite tomar medidas de fiscalização suplementares, se tal se justificar”.
Não se compreende tantos salamaleques da ASAE, que há
poucos anos andava a infernizar a vida dos vendedores de bolas de Berlim nas
praias e não deixava em paz as pizzarias com fornos a lenha, invocando a saúde
dos portugueses para justificar a sua sanha persecutória.
A carne picada embalada é um problema de saúde pública. Dado que os talhos e quem neles manda deixaram de ter um mínimo de consciência cívica, urge tomar medidas. A mais importante cabe a cada um de nós: mandar picar a carne in loco e no momento ou então recuperar as picadoras lá de casa e fazer o trabalho em casa.
Andar a pagar gordura e carne estragada como boa carne de
vaca é mau, mas muito pior é andar a ingerir bactérias como a salmonela e a E
coli, de origem fecal, à espera de ir parar ao hospital com
alergias, náuseas, dores de cabeça, problemas digestivos, respiratórios ou de
pele.
GAVB
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