Etiquetas

segunda-feira, 19 de maio de 2014

AO SOM DE... JOSÉ VIANNA DA MOTTA


José Vianna da Motta nasceu em São Tomé e Príncipe no ano de 1868 e morreu em Lisboa, em 1948.
Foi, para além de compositor, professor, maestro e um grande intérprete de piano. Escreveu livros como “Vida de Liszt” e colaborou em várias revistas e jornais.
Vianna da Motta iniciou os estudos de piano no Conservatório de Lisboa e prosseguiu-os em Berlim sob o patrocínio do rei D. Fernando II e sua segunda mulher, a Condessa de Edla. O rei D. Fernando II era muito dado às artes e a condessa de Edla tinha sido cantora de ópera até ao seu casamento com o rei. Vianna da Motta, durante a sua estadia em Berlim, deslocou-se a Weimar para frequentar um curso de verão ministrado por Liszt, pelo que realmente chegou a ser aluno de Liszt, mesmo que por um breve período de tempo. Vianna da Motta era um excelente intérprete de Liszt, Bach e Beethoven. Efetuou várias digressões internacionais, tendo tocado ao lado de nomes como Enesco, Pablo Casals e Guilhermina Suggia.
Como compositor, a sua obra mais marcante é a sinfonia “À Pátria” que, influenciada pelos ideais nacionalistas e pela corrente do romantismo, evoca a obra “Os Lusíadas” de Luís de Camões. Usou o género Lied com poemas de João de Deus, Guerra Junqueiro, Almeida Garrett e Luís Vaz de Camões.
Enquanto decorreu a Primeira Guerra Mundial, Vianna da Motta refugiou-se na Suíça onde dirigiu o Conservatório de Genebra. Com o fim da guerra regressa a Portugal. Nessa altura abandona a composição e torna-se maestro da Orquestra Sinfónica de Lisboa e director do Conservatório Nacional. Em parceria com Luís de Freitas Branco, implementa grandes reformas no ensino da música, nas práticas pedagógicas e nos programas. Enquanto professor, teve como alunos, entre outros, Sequeira Costa e Fernando Lopes Graça.

Vianna da Motta é uma figura importante da História da Música Portuguesa, quer como compositor, quer como intérprete e pedagogo.
Margarida Assis

2 comentários:

  1. É tão bom o artigo que ninguém comenta!... Já cansa...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sobre o mérito do artigo, várias opiniões podem surgir, mas certamente só considero aquelas que têm rosto. O artigo pode ser bom, mediano ou mau, no entanto, tem um mérito: está assinado. Este comentário não está.
      Apesar do cansaço, obrigado pelo seu comentário.

      Eliminar