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sexta-feira, 30 de maio de 2014

A ARQUITETA ZAHA HADID


Esta semana irei falar sobre arquitectura no feminino. Não sei se já se deram conta, mas existem poucas ou quase nenhumas arquitectas famosas. Talvez a razão para este fenómeno, seja ainda o facto de, tradicionalmente, esta área ligada à construção ser de “cariz” masculino, apesar do número de arquitectos/as ter a mesma expressão. A contrariar esta evidência destaca-se Zaha Hadid com as suas obras espectaculares, onde consegue moldar as formas obtendo uma plasticidade e “moldabilidade” sem entrar em conflito com os materiais.

 Zaha Hadid nasceu no Iraque em 1950, formando-se em Matemáticas na Universidade Americana de Beirute, no Líbano, tendo-se formado posteriormente em arquitectura na Architectural Association, em Londres. Começou a sua carreira profissional nos princípios dos anos setenta, a trabalhar no gabinete de arquitectura Office Metropolitan Architecture (OMA), com os seus professores, Rem Koolhaas y Elia Zenghelis.
Em1979 inaugurou o seu próprio gabinete de arquitectura, onde começou a definir o seu estilo, com construções de volumes aguçados e arrojados, que giram à volta de eixos excêntricos mas formando conjuntos unificados.
Zaha Hadid é uma arquitecta controversa, cujos projectos parecem muitas vezes desafiar as leis terrestres, por serem tão audaciosos e radicais. Desenhou e projectou durante vários anos sem conseguir que fosse construído um único edifício. Só em 1992, conseguiu que fosse edificado o seu projecto do Vitra Fire Station,  Weilam Rhein, Alemanha (1993).





Foi preciso esperar mais 10 anos para ver construído o seu projecto para a Terminal Hoenheim-Northe Estacionamento, Estrasburgo, França (2002), pelo qual recebeu o prémio de Arquitectura Contemporânea da União Europeia, Mies Van Der Rohe (2003)






 



Segundo Zaha Hadid, nada substitui o desenho, embora agora a concepção seja assistida por computador. Graças a ele consegue realizar verdadeiramente o que tinha imaginado ao desenhar sobre papel, porque não se trata do poder da mão, mas sim do das ideias.
Os edifícios de Zaha Hadid dão a impressão de aterrarem no solo, ao contrário dos clássicos que parecem erguer-se deste. Identifica-se com a corrente desconstrutivista da arquitectura, com uma obra que destaca o desenho não linear, a manipulação das superfícies e a distorção de elementos arquitectónicos.
A arquitecta Zaha Hadid foi a primeira mulher a receber o prémio Pritzker, o nobel da arquitetura, em 2004, e em 2005 foi nomeada membro honorário da Royal Academy of Arts de Londres.

Os seus projetos estão presentemente construídos em 44 países, tais como:

 Phaeno Centro de Ciências, em Wolfsburgo, Alemanha - o edifício surge na envolvente como um elemento de conexão entre as duas zonas da cidade, estabelecendo uma relação directa com a mesma e o movimento que a atravessa. 


 



 Centro Cultural Heydar Aliyevfue, em Baku, Azerbaijão - o centro cultural acolhe um centro de conferências, museu, salas de exposições e oficinas.

 


 Museu Riverside dos Transportes em Glasgow, Inglaterra -  a frente marítima simboliza a relação entre Glasgow e a construção naval. As suas fachadas de vidro transparente permitem que a luz ilumine o espaço principal da exposição.
 



 Pavilhão Ponte Expo'08 em Zaragoza, Espanha - é a entrada principal da Exposição internacional de Zaragoza, do verão de 2008, dedicada à água. Trata-se de um impressionante e inovador edifício horizontal, com 270 m de comprimento, cuja estrutura pretende imitar a forma de um gladíolo estendido sobre o rio Ebro.


 



Galaxy Sohoem Pequim, China - o projecto do centro comercial cobre uma superfície de mais de 330 mil metros quadrados, as formas curvas dos quatro volumes independentes, com uma altura máxima de 67 metros e unidos por passarelas, transmitem a ideia de movimento e fluidez. Inspirada na arquitectura tradicional da china, a distribuição do conjunto organiza-se em torno de grandes pátios interiores na procurada continuidade dos espaços abertos.





O Museu Nacional de Arte do Século XXI (MAXXI) em Roma, Itália - tem como conceito um “campus urbano”, é uma mistura do edifício tradicional e os espaços interiores que se ampliam para poder incluir a cidade inteira.















Teresa Beyer

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