Desde que Rui Rio assumiu a liderança do PSD sempre pareceu
mais ou menos claro que o novo líder não queria eleições antecipadas e por
causa disso equacionava abster-se no próximo Orçamento de Estado.
Os deputados do PSD ficaram furiosos, os militantes
entristecidos, os comunistas enciumados, a comunicação social desiludida, o PS
desgostoso. Desde então o governo tem-se esmerado por governar mal (o que,
convenhamos, não é particularmente difícil), o CDS tem estado calado e
entristecido, as suspeitas dos casos de corrupção envolvendo gente do PSD vão
aparecendo nos jornais, mas… Rui Rio não dá sinais de mudança de rumo.
Na
verdade Rio reza a todos os santinhos para que o PCP chegue a acordo com o governo
(O PCP reza para que os professores cheguem a acordo com o governo), mas o
pessoal do PSD não está para esperar que António Costa constranja Rui Rio e vai
fazendo o seu papel de desgaste.
Hoje, Fernando Negrão, o líder
da bancada do PSD no Parlamento, garantiu aos deputados laranja que o partido
votará contra o próximo OE, apesar dele ainda não ser conhecido, embora Rio
ainda não se tenha pronunciado sobre isso. (https://www.publico.pt/2018/07/05/politica/noticia/negrao-diz-aos-deputados-que-psd-votara-contra-oe-2019-1836969)
Como Rui Rio não está na Assembleia da República e até acha normal que Negrão lhe faça a vida negra e vote
contra a vontade do presidente do partido, o mais certo é o PSD votar contra.
Até António Costa já percebeu como Rio não manda no PSD e por isso já vai
dizendo que nada leva a crer que o PSD altere o sentido do seu voto, ao mesmo
tempo que tenta um entendimento com Jerónimo de Sousa.
Entretanto, as contas da saúde
estão por pagar, mas o ministro já promete inevitáveis contratações para Outubro,
mas a pagar em Janeiro; o dinheiro do descongelamento das carreiras continua na
caixa forte do banco de Portugal… por isso, só me apetece perguntar:
Where
is the money?
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