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terça-feira, 10 de julho de 2018

CURRÍCULOS À LA CARTE NO ENSINO SECUNDÁRIO?



Quando os alunos do 10.º ano voltarem à escola, em Setembro, podem ser confrontados com a possibilidade de escolherem um desenho curricular inovador: um quarto das disciplinas pode pertencer a outro curso que não aquele que escolheram. 

É bem capaz de ser possível a um aluno das Ciências Sociais incluir no seu currículo disciplinas como Biologia, Oficinas de Artes, Grego ou Literatura... desde que a escola lhe proporcione essa escolha.

Este é um dos aspetos mais inovadores da badalada flexibilidade curricular que a partir do próximo ano letivo se alargará a todas as escolas. No entanto convém perceber que o aluno apenas poderá aceitar uma proposta curricular flexível da escola e não ele próprio desenhar um currículo a seu belo prazer. 
Cada escola fará a gestão dos seus 25% de liberdade e flexibilidade do modo que entender.

Em teoria, parece-me uma ideia interessante, na medida em que possibilitará a cada aluno abrir horizontes para áreas desconhecidas, além de tornar a sua formação mais abrangente. Não deixava de ser confrangedor que, por exemplo, os alunos das Ciências Sociais fossem muito competentes na sua área e quase uns incultos no que diz respeito a artes, química ou biologia.
No entanto, o sistema precisa de tempo e muita paciência para resultar. Creio que nos primeiros anos produzirá resultados incipientes e muitas críticas surgirão. Por isso, acho importante que os diretores o implementem com cautela e solidez, que os professores não o boicotem e, sobretudo, que os alunos sejam peça fundamental na sua monitorização e avaliação. 
Daqui a três ou quatro anos, devem ser eles os primeiros a serem ouvidos, para perceber se a ideia tem ou não pernas para andar.
GAVB

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