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segunda-feira, 16 de julho de 2018

LIVROS ESCOLARES GRATUITOS SÓ PARA QUEM FIZER A INSCRIÇÃO ONLINE


Num momento em que a toda poderosa Porto Editora atravessa uma dos mais exigentes momentos dos seus 75 anos de vida e o grupo Leya terá provavelmente de fazer despedimentos, o governo anuncia, a meio do verão e um mês após os terminus das aulas, que apenas os aluno que se registarem online, terão acesso a livros gratuitos.
Segundo as estimativas do governo, são cerca de quinhentos mil.
A política do livro escolar tendencialmente gratuito nos primeiros anos de escolaridade é um das medias mais populares do governo português, mas tem esmagado os lucros das grandes editoras e terminado com os pequenos negócios das livrarias locais que serviam de intermediárias. 

Durante décadas, o Ministério da Educação protelou uma medida economicamente sensata e que em muito beneficiou a economia familiar, especialmente dos agregados familiares com vários filhos em idade escolar. 

Dado esse passo, o governo não tem como recuar e por isso assiste impotente às lamentações das editoras. O registo online, anunciado nestas circunstâncias, parece-me um pequena ajuda disfarçada às livrarias. 
Quando chegarem a Setembro, muitos pais ficarão surpreendidos com a facto de não terem feito a inscrição por deficiente informação. Enquanto uns reclamarão, haverá sempre alguém que compre aquilo que devia ter gratuitamente, assumindo a sua falta de informação.

Informações tão relevantes como esta não podem ser dadas a meio de Julho, para as inscrições decorrerem em Agosto. Este tipo de informação devia ter sido dada aos pais no final do ano letivo e descarregada informaticamente através de email e sms nos telemóveis dos encarregados de educação, com datas e passos a seguir para se fazer o imperativo registo. 
Obviamente que a ideia do Ministério da Educação parece-me boa, justificada e coerente. A isto devia acrescer bom senso e equilíbrio, o que pode não ser o caso.

GAVB

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