Não há nada como um produto genuíno, com qualidade
certificada.
Fartinhos de consumir produtos de marca branca andamos nós o ano
inteiro. Bolachas, gelados, produtos de higiene, roupa, cereais, bebidas...
Não há paciência e saúde para produtos sem marca registada, próprios de uma
economia gananciosa, com aparência de caridosa, e que não privilegia a qualidade.
Deve ter sido com este pensamento que os organizadores do
Boom Festival, em Idanha-A-Nova resolveram prestar um serviço de qualidade a
todos os seus participantes. No interior do recinto do festival só é admitida
droga de qualidade, ou seja, devidamente certificada. Faz sentido, pois o
festival têm uma reputação a defender, além de que nos últimos seis anos já
morreram quatro pessoas por causa do consumo de droga adulterada, durante a semana em que decorre o festival.
Como proibir o consumo de droga está totalmente fora de questão, pois isso matava todo o élan e
interesse do Boom Festival (são
esperadas mais de trinta mil pessoas oriundas de toda a Europa), a organização
decidiu criar um “serviço de controle da qualidade de droga”, em colaboração com a Faculdade
de Psicologia da Universidade Católica do Porto e do Serviço de Intervenção nos
Comportamentos Aditivos, que depende do Ministério da Saúde, ou seja, estamos
perante uma certificação de altíssima qualidade, pois traz o selo científico e
legal.
Outra coisa não seria de esperar de um evento com mais de duas décadas de existência e
cujo passe de entrada ultrapassa os cento e cinquenta euros.
Finalmente, alguém que tem sentido prático e adapta os
comportamentos às necessidades dos seus clientes. Em Idanha-A-Nova, na próxima
semana, droga, só de qualidade e com selo de garantia.
GAVB
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