A Tailândia vive há mais de duas
semanas o drama do resgate de doze adolescentes e um adulto, de uma caverna longínqua
enquanto o mundo acompanha, emocionado, pela televisão, cada vida recuperada,
cada ação da equipa de mergulhadores. Andávamos todos a precisar assim de um
banho completo de humanidade sem quotas nem asteriscos, onde cada vida humana
fosse mesmo um tesouro sem preço.
É possível que a nossa comoção
seja mais acentuada pelo facto de serem crianças e do êxito da missão de
resgate estar permanentemente em risco. Todavia isso não é o mais importante. O
que verdadeiramente me reconforta é estarmos a colocar todos os nossos recursos
materiais, o melhor da nossa inteligência, a força inquebrantável da alma
humana ao serviço da maior das causas – salvar vidas.
Até o grau de exigência parece
simbólico – muito difícil, mas não impossível.
Acho frequentemente que a
História e as suas circunstâncias são autênticos mestres da vida. Saber
interpretar os seus sinais, em vez de os ignorar ou desprezar, pode ser a
diferença entre trilhar um caminho de prosperidade ou chafurdar novamente na escuridão
da indiferença, do racismo ou xenofobia. Por isso, julgo que alguns governantes
europeus devem tirar ilações deste verdadeiro conto de natal que acontece na
Tailândia.
GAVB
Que excelente reflexão, Gabriel!
ResponderEliminar