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segunda-feira, 9 de julho de 2018

CRIANÇA A CRIANÇA, RESGATANDO VIDAS AO DESTINO




A Tailândia vive há mais de duas semanas o drama do resgate de doze adolescentes e um adulto, de uma caverna longínqua enquanto o mundo acompanha, emocionado, pela televisão, cada vida recuperada, cada ação da equipa de mergulhadores. Andávamos todos a precisar assim de um banho completo de humanidade sem quotas nem asteriscos, onde cada vida humana fosse mesmo um tesouro sem preço.  
É possível que a nossa comoção seja mais acentuada pelo facto de serem crianças e do êxito da missão de resgate estar permanentemente em risco. Todavia isso não é o mais importante. O que verdadeiramente me reconforta é estarmos a colocar todos os nossos recursos materiais, o melhor da nossa inteligência, a força inquebrantável da alma humana ao serviço da maior das causas – salvar vidas.

Até o grau de exigência parece simbólico – muito difícil, mas não impossível.
Acho frequentemente que a História e as suas circunstâncias são autênticos mestres da vida. Saber interpretar os seus sinais, em vez de os ignorar ou desprezar, pode ser a diferença entre trilhar um caminho de prosperidade ou chafurdar novamente na escuridão da indiferença, do racismo ou xenofobia. Por isso, julgo que alguns governantes europeus devem tirar ilações deste verdadeiro conto de natal que acontece na Tailândia.
GAVB

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