A China é provavelmente, é economia mais capitalista e mais
temível em todo o mundo. Com uma força brutal, é capaz de deter grande parte da
dívida pública americana, comprar o que lhe apetece no mercado europeu e
influenciar de forma decisiva o mercado automóvel mundial.
Apesar das principais marcas automóveis já se terem
convencido da inevitabilidade dos carros elétricos e do fim do diesel, os
governos europeus ainda apontam para lá de 2030 como data provável da morte dos carros a gasolina e
gasóleo, até porque ainda estudam como vão buscar ao setor automóvel a receita
fiscal proveniente das altas taxas aplicadas aos combustíveis. Na China deu-se
um passo de gigante, que trocará a volta aos líderes europeus, aos donos das
principais marcas de automóveis e a toda a economia.
Há sete anos, a empresa chinesa Geely comprou a sueca
Volvo, quando esta só dava prejuízo. Este ano comprou a fabricante dos
famosos e glamorosos táxis londrinos e esta semana adquiriu 50% da malaia Proton
e 51% da Lotus. Ao mesmo tempo anuncia que dentro de dois anos deixa de
produzir carros a gasóleo (talvez por isso se empenhe tanto em vender todas as
carrinhas Volvo que tem em stock) e quer colocar meio milhão de carros
elétricos no mercado chinês em dois anos. Em consonância com a estratégia
comercial desta empresa, o governo chinês admitiu, esta semana, proibir a venda
e a produção de carros a gasolina e gasóleo, em 2020, o que na prática
significa “amanhã”. Ao admitirem tal medida é porque sabem que a «sua» Geely
está preparada para entrar em força no mercado dos carros elétricos.
Obviamente, que as marcas europeias não podem perder o mercado chinês, que é só
o maior mercado automóvel do mundo, e por isso, ou respondem à letra e estão
preparadas para produzir em massa carros elétricos em 2020 ou sofrem uma
derrota de proporções gigantescas.
Se a China estiver elétrica em 2025, a Europa não pode
andar a gasóleo e não haverá EUA que nos acuda, até porque eles já produzem o
seu Tesla. A força e o poder do petróleo têm os dias contados e parece já não
ter salvação. Em 2030, os carros movidos a gasolina ou gasóleo serão uma
minoria e apenas visíveis em países subdesenvolvidos.
Já pensaram que os atentados terroristas na Europa podem
ser mais do que ideologia e religião? E se estiveres perante o estrebuchar
horripilante de economias que assentaram todo o seu poder no petróleo? A China
pôs a rolar a bola de neve. Desta vez eles não tiveram paciência de chinês mas
a pressa gulosa dos capitalistas.
GAVB
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