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quinta-feira, 7 de setembro de 2017

CHAMAM PRENDA ÀQUILO QUE DEVIA SER NOSSO POR DIREITO


No arranque do ano letivo, o ministro Tiago Brandão Rodrigues, ao lado do primeiro-ministro António Costa, anunciou 1500 novos auxiliares de ação educativa (500 dos quais para o pré-escolar). Referiu-se também aos manuais escolares gratuitos que o ME distribuirá a mais alunos bem como às obras em curso, em algumas escolas.


Tudo isto foi apresentado quase como uma prenda do Executivo ao setor da Educação, procurando provar que o governo do Partido Socialista faz uma aposta forte na Educação. Nada mais falso. O que o governo fez foi apenas colmatar falhas urgentes, claramente identificáveis, e normais, em qualquer arranque de ano letivo. Os 1500 novos auxiliares de ação educativa mostram bem quão necessitadas estavam as escolas e não qualquer aposta do governo na Educação.
As obras agora em curso são apenas aquelas que ficaram paradas na altura da grave crise económica de 2011 ou as que não tinham, incompreensivelmente, entrado no programa de festas da Parque Escolar. Não é favor nenhum reabilitar uma escola, onde já chovia nas salas de aula ou sem qualquer intervenção desde o século passado.

O alargamento do número de alunos com livros escolares gratuitos é uma boa medida, embora não represente grande esforço financeiro, mas antes um melhor aproveitamento dos recursos existentes com a reutilização dos manuais escolares que o Estado foi comprando às editoras nos anos anteriores.
Em conclusão, aquilo que o Estado se prepara para efetivar, em termos de gastos com a Educação, não é mais do que lhe compete e do que é devido à população. Qualquer aproveitamento político é um abuso e deve ser denunciado.


P.S. Lamentável a atitude do ministro da Educação ao fazer sair a primeira lista de colocação de professores contratados poucas horas depois de receber os professores QZP que reivindicavam a suspensão de todo o processo de colocação de professores. Com a saída das listas, todas as esperanças destes professores caíram por terra. Atendeu-os para quê? Para lhes passar a mão pelas costas e dizer “tenham lá paciência, é a vida”? Ou será que teve a coragem de lhes dizer na cara que não tinham razão nenhuma, a decisão de não atender as suas reivindicações estava tomada e que aquela reunião era mera cortesia em honra das regras de boa educação?
GAVB


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