A 10 de Setembro de 1853, o
explorador e orientalista britânico Richard Burton visitou Meca disfarçado. A
expedição patrocinada pela Royal Geographical Society encerra um enorme perigo,
pois segundo as convenções da cidade de Meca a presença de um não-muçulmano
teria sido suficiente para provocar a morte deste, caso o disfarce fosse
descoberto.
No entanto, Burton manteve-se sempre oculto e pôde ver o que
os peregrinos da Hajj (peregrinação que os muçulmanos fazem a Meca) teriam
conseguido observar: o santuário em forma de Cubo da Caaba (casa sagrada de Deus,
situada no meio da mesquita sagrada na cidade de Meca), que se encontrava ao
centro da Masjid al-Harem, o grande complexo da mesquita.
Dois anos mais tarde, Richard
Burton descreveu a sua experiência oriental em Meca: “Poucos muçulmanos
contemplam pela primeira vez a Caaba sem medo e respeito. Há um chiste [gracejo,
piada] popular sobre os principiantes, que em geral perguntam qual a direção
das preces. Sendo esta a Kiblah, ou fachada, todos rezam à volta dela; uma
circunstância que não pode registar-se em lado nenhum do Islão exceto em Harim.”
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