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sábado, 9 de setembro de 2017

UM OCIDENTAL EM MECA

         
A 10 de Setembro de 1853, o explorador e orientalista britânico Richard Burton visitou Meca disfarçado. A expedição patrocinada pela Royal Geographical Society encerra um enorme perigo, pois segundo as convenções da cidade de Meca a presença de um não-muçulmano teria sido suficiente para provocar a morte deste, caso o disfarce fosse descoberto. 
         No entanto, Burton manteve-se sempre oculto e pôde ver o que os peregrinos da Hajj (peregrinação que os muçulmanos fazem a Meca) teriam conseguido observar: o santuário em forma de Cubo da Caaba (casa sagrada de Deus, situada no meio da mesquita sagrada na cidade de Meca), que se encontrava ao centro da Masjid al-Harem, o grande complexo da mesquita.


        Dois anos mais tarde, Richard Burton descreveu a sua experiência oriental em Meca: “Poucos muçulmanos contemplam pela primeira vez a Caaba sem medo e respeito. Há um chiste [gracejo, piada] popular sobre os principiantes, que em geral perguntam qual a direção das preces. Sendo esta a Kiblah, ou fachada, todos rezam à volta dela; uma circunstância que não pode registar-se em lado nenhum do Islão exceto em Harim.” 

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