Quando a temperatura baixar um pouco, meta no carro uma bicicleta e vá
até Espinho. Entretanto desafie um amigo ou uma amiga (que também não é mal
pensado) para um longo passeio de bicicleta de Espinho até ao Porto, em cima do
belíssimo passadiço que percorre as dunas das praias de Espinho e Gaia, até
desembocar no magnífico cais de Gaia.
Em ritmo de passeio, aprecie a beleza do Atlântico
espreguiçando-se ao sol no comprido areal enquanto os músculos se vão adaptando
lentamente ao esforço que os quilómetros, que separam as duas cidades, exigem.
Entre o prazer da conversa, o som rebelde das ondas batendo
nas rochas na praia de Miramar, o casario, ora urbano ora rural, os
restaurantes de praia ou as esplanadas espalhadas pelo percurso, faça uma paragem e convide o parceiro para uma
paragem estratégica, para saborear um mojito ou uma margarita, porque um dia não são dias.
Segue-se viagem, que a marina de Gaia espera-nos para um almoço com vista privilegiada para o magnético casario multicolor da Ribeira. Depois de três horas a pedalar, talvez não haja forças para grandes correrias pela cidade portuense, mas há, de certeza, disposição para uma visita às famosas caves de vinho do Porto e um tour de
barco pelo rio Douro.
Ao final da tarde, talvez as pernas e o corpo já tenha
recuperado do esforço matinal e possa subir pausadamente até à zona dos Clérigos
para ver a celebérrima Lello, antes de um lanche na vizinha Galeria Paris.
Também podemos optar por uma incursão na rua Miguel Bombarda, onde a arte moderna
espreita em cada galeria e deixar a baixa para a noite.
Entretanto, é bom dar uma vista de olhos à espantosa Estação
de São Bento, a fim de admirar os seus belos painéis de azulejo e anotar o último
comboio que nos deixe em Espinho. É bom não esquecer que lá deixámos o carro,
mas se tivermos muito cansados, o melhor é deixar a viagem para o dia
seguinte…
O Porto tem um lindo despertar.
Gabriel Vilas Boas
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