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terça-feira, 23 de agosto de 2016

QUOTA DE CACA


Há medida que os norte-coreanos vão contactando com outros povos, vamos conhecendo histórias mirabolantes deste regime extraterrestre que elegeu os Estados Unidos como a encarnação do diabo.
No final do século XX, com o colapso da União Soviética, a sociedade norte-coreana 
passou um mau bocado. Os soviéticos pagavam não só o regime como alimentavam literalmente toda a sociedade.
Quando os amigos comunistas de Moscovo deixaram de pagar a conta começou a faltar tudo. Na agricultura faltavam os combustíveis e os fertilizantes. O regime começou por incentivar a população a “fabricar” fertilizantes, lembrando que cada um podia contribuir com o mais natural dos fertilizantes: os excrementos humanos.

Rapidamente a sugestão passou a ordem e cada cidadão devia contribuir com uma determinada quantidade de excremento humano para a salvação da agricultura nacional. 
Ninguém podia ficar de fora e até as crianças em idade escolar tinham de preencher a sua “quota de merda”. Ora essa quota devia ser preenchida com uma determinada quantidade de excremento humano trazido de casa, por isso os pais ensinavam os filhos a nunca fazerem as suas necessidades fisiológicas na escola, já que o excremento natural dos petizes era absolutamente necessário para cumprirem a “quota de merda” que cada família tinha de preencher, para não sofrer severos castigos de um regime duro com aqueles que falhavam as diretrizes do governo, por mais absurdas que fossem.

Cada família defendia a sua casa de banho (quase todas elas ficavam no exterior da casa) como se de um tesouro se tratasse. Eram fechadas a cadeado e vigiadas durante a noite, porque os assaltos eram frequentes.

A sociedade norte-coreana vive há largos anos num regime absurdo, corrupto, ditatorial e altamente perigoso, pois a “loucura” dos seus líderes vê-se até nas mais absurdas leis.
Gabriel Vilas Boas

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