Ganhar a vida é
muito mais do que ganhar dinheiro. Isso não é tão difícil assim.
Infelizmente,
alguns de nós precisam de enriquecer para perceber que continuam pobres! Há uma
insatisfação que os preenche por completo e torna pouco útil toda a riqueza
acumulada.
Ganhar ou perder a vida depende, em grande parte, de nós.
Começamos a ganhá-la quando sabemos perfeitamente o que queremos e não queremos
para a nossa vida. Que papel terão os afetos, os valores, o dinheiro, o poder,
a imagem social, a profissão, o amor?
Não se ganha nada de jeito quando não conseguimos definir,
com honestidade, o que queremos. Por vezes, o que queremos parece desadequado,
megalómano, irrealista ou até estranho. Não nos devemos intimidar, desde que
essa definição seja feita por nós e não pela mãezinha, pelos amigos ou por
qualquer manual de etiqueta e boas maneiras.
Quando o mapa da vida que queremos está perfeitamente
desenhado na nossa cabeça é fácil chegar ao tesouro. Há várias maneiras de
chegarmos aos nossos objetivos…
Normalmente, ter dinheiro não é um objetivo, mas um
instrumento para atingir mais facilmente as nossas metas. Às vezes confundimos
objetivo e instrumento. Gastamos muito tempo persistindo numa convicção errada,
apesar de sabermos que muito daquilo com que sonhamos não está à venda. A
tentativa cega de Ter diminui bastante a nossa capacidade de Ser.
O tempo passa e ficam muitas coisas por dizer, outras
tantas por fazer até que a amargura chega e toma conta do nosso coração.
A sensação de falhanço é evidente, embora tenhamos “ganho a
vida”… perdão, tenhamos ganho muito dinheiro. No fim é fácil dizer? Errado. É
fácil adivinhar este tipo de final quando abdicámos de escrever o princípio da
história.
Gabriel Vilas Boas
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