Nos dias que correm, os adeptos sportinguistas suspiram pela saída do seu tresloucado presidente; há uns meses, os socialistas portugueses coravam de vergonha sempre que tinham de se confrontar com mais uma notícia sobre José Sócrates e, hoje, leio que, em Espanha, poucos são aqueles que, no Partido Popular espanhol, querem a permanência de Rajoy, mas todos temem que ele continue.
Bruno de Carvalho, Sócrates ou Rajoy já dominaram o contexto, a informação e até os críticos. No momento em que foi impossível continuar a fazer a quadratura do círculo, os mesmo que freneticamente os apoiaram, afiaram os dentes e trituram os ídolos de outrora, com a mesma ferocidade com que os idolatraram.
A custo lá sairão de cena, mas a cena há de repetir-se uns meses adiante, porque a semente do mal não está apenas neles, mas também em quem os fez nascer e desenvolver.
Haverá um período de nojo, para se limpar a porcaria mais indecente, mas a memória curta de uma sociedade demasiado viciada em vitórias fáceis e instantâneas, não demorará muito a voltar a dar palco e poder a mais um canalha sedutor.
GAVB
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