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domingo, 3 de junho de 2018

TODOS O QUEREM FORA MAS ELE RECUSA-SE A SAIR

Nos dias que correm, os adeptos sportinguistas suspiram pela saída do seu tresloucado presidente; há uns meses, os socialistas portugueses coravam de vergonha sempre que tinham de se confrontar com mais uma notícia sobre José Sócrates e, hoje, leio que, em Espanha, poucos são aqueles que, no Partido Popular espanhol, querem a permanência de Rajoy, mas todos temem que ele continue.

       
Saber sair de cena é uma virtude rara, mas se estivermos a falar de ditadores, egocêntricos e teimosos tal torna-se uma miragem. Ninguém gosta de perdedores, de corruptos que se deixam apanhar, de gente que perde o controle da situação.

      Bruno de Carvalho, Sócrates ou Rajoy já dominaram o contexto, a informação e até os críticos. No momento em que foi impossível continuar a fazer a quadratura do círculo, os  mesmo que freneticamente os apoiaram, afiaram os dentes e trituram os ídolos de outrora, com a mesma ferocidade com que os idolatraram.

   
Como podem passar eles impunes? Não foi o seu oportunismo e cegueira que deixou crescer o maníaco, o corrupto e o egocêntrico? É óbvio que ele não percebe como querem agora que saía, se, na prática está a fazer o mesmo que fazia quando jorravam aplausos de todos os lados. No entanto, há uma pequena diferença: agora ele foi apanhado, agora ele é um perdedor, agora os adversários conseguem fazer frente aos seus truques sujos.

    A custo lá sairão de cena, mas a cena há de repetir-se uns meses adiante, porque a semente do mal não está apenas neles, mas também em quem os fez nascer e desenvolver. 
    Haverá um período de nojo, para se limpar a porcaria mais indecente, mas a memória curta de uma sociedade demasiado viciada em vitórias fáceis e instantâneas, não demorará muito a voltar a dar palco e poder a mais um canalha sedutor.

GAVB


sexta-feira, 18 de maio de 2018

FOI CHATO, MAS O CRIME FAZ PARTE DO DIA-A-DIA



A frase é do inenarrável Bruno de Carvalho e só não sofreu a indignação geral, porque do ainda presidente do Sporting toda a indignidade e mediocridade é, infelizmente, expectável. No entanto, aquilo que Bruno de Carvalho teve a coragem de dizer foi aquilo que muitos tiveram a indecência, a canalhice de fazer, durante anos, ao povo português.
Vejamos então…


É «chato», é criminoso que os portugueses em geral, e os funcionários públicos em particular, tivessem de pagar com os seus salários, impostos e empregos a corrupção e os roubos nos BPN, BES, CGD, na EDP, na PT, mas o crime faz parte do dia-a-dia da política portuguesa, desde que vivemos em democracia.

É «chato», criminoso até que o governo tenha congelado as progressões na função pública e além disso se recuse a recolocar os seus trabalhadores no escalão remuneratório devido, invocando a falta de recursos financeiros, quando todas as semanas descobrimos que esta gente nos desfalcou durante os últimos vinte anos em negócios ruinosos, corruptos, criminosos. É chato, mas temos de aceitar que a o crime faz parte do dia-a-dia.

É «chato», criminoso igualmente que tantos hooligans do desporto ou do comentário desportivo, político ou económico se passeiem impunemente pelas televisões, jornais e rádios, insultando a nossa inteligência e dignidade enquanto sociedade, mas temos de aceitar que o crime faz parte do dia-a-dia.

Temos de aceitar a impotência do governo perante os incêndios e os criminosos que os ateiam; temos de aceitar que Salgado continue em casa e um jornalista tenha de lhe fazer todas as vénias entes de lhe fazer uma pergunta pouco incómoda; temos de aceitar a boçalidade de muitos programas de televisão; temos de aceitar uma carga fiscal brutal apesar de já não termos troika nem austeridade; temos de aceitar que… e nós aceitamos.

Na verdade, Bruno de Carvalho é só uma caricatura rasca do que andamos a aceitar há muitos anos. Felizmente para todos os outros, houve um maluco que resolveu vestir a pele de bode expiatório.  Quando daqui a uns dias ele for demitido ou se demitir, haverá um suspiro entre os tontos da nação e um riso pérfido entre os nossos carcereiros. 

Nenhum de nós vai rescindir este contrato de servo de gleba; aliás, renovaremos esta aceitação do crime por mais dez anos, porque, embora, «chato», o crime faz parte do dia-a-dia.
GAVB

sexta-feira, 6 de abril de 2018

PRESIDENTE MIMADO E ALIENADO SUSPENDE JOGADORES DO SPORTING



Vejo futebol há mais de trinta anos e não me lembro de uma atitude tão infantil, tão mimada, tão destituída de senso como aquela que o presidente do Sporting Clube de Portugal – Bruno de Carvalho - acaba de tomar ao suspender todo a equipa principal de futebol do clube, depois dos jogadores terem repudiado, em comunicado, o enxovalhamento público de que foram alvo, pelo presidente do clube, na sua página do facebook, após a derrota em Madrid.

Convém lembrar sumariamente os factos: o Sporting jogou e perdeu naturalmente, ontem, com o Atlético de Madrid, por 2-0, para uma eliminatória da Liga Europa. A derrota foi natural, justa, mas aconteceu na sequência de dois lances infelizes por parte de dois dos mais conceituados jogadores sportinguistas.

Exibindo mais uma vez mais o seu carácter, a sua infantilidade, mau perder e pouca solidariedade com os seus, o presidente Bruno de Carvalho arrasou os jogadores da própria equipa, na sua página do facebook, escrevendo que a equipa jogou com nove (alusão triste e à má exibição dos defesas Coates e Mathieu) e que os esforçados e exemplares profissionais Fábio Coentrão e Bas Dost se autoexcluíram do jogo da segunda mão, em Lisboa, ao levarem um cartão amarelo sem sentido.

Bruno de Carvalho não só não sabe o que é ser um líder ou um presidente, como também nada conhece sobre valores fundamentais de um clube desportivo ou de uma equipa de futebol como são a solidariedade, a humildade, a união.
É ele o verdadeiro menino mimado do clube, o principal foco de destabilização e vergonha do centenário clube lisboeta. É Bruno de Carvalho que está a mais e não os jogadores nem o treinador.

Durante meses os jogadores, o treinador, os adeptos e os sócios têm suportado humilhação atrás de humilhação por causa das palavras destemperadas, desbocadas, ofensivas do seu presidente, sobre tudo e sobre todos. Não é frontalidade nem coragem aquilo que Bruno de Carvalho revela, mas apenas má educação, desrespeito e tiques de um ditadorzinho reles.
Não vale a pena os sportinguistas atacarem os adversários, porque o principal culpado é Bruno de Carvalho como a principal vítima é o próprio Sporting.
Hoje, os jogadores tiveram a coragem para dizer «Basta», porque a sua dignidade foi atingida. Um dia destes é provável que muitos sócios lhes agradeçam.