«Agarrem-me, se não vou-me a ele!»
Uma greve às avaliações que excluí as reuniões do 9.º e o
12.º anos, ou seja, o fim do 3.º ciclo ou secundário, é das melhores greves
para qualquer Ministério da Educação – ninguém dá por elas, a não ser os
próprios professores, no ordenado no final do mês. Não impede a realização dos
exames finais de 12.ª ano nem das provas finais de Português e Matemática, de
9.ºano.
Vai transtornar a vida a quem? Aos próprios professores, que
marcarão presença em reunião, após reunião, durante duas a três semanas, até que
uma promessa qualquer de mais uma ronda negocial com o ME, o cansaço natural
dos professores em final de ano letivo e o desejo de férias acabem por terminar com o martírio.
Devem ter sorrido imenso Tiago Brandão Rodrigues e Alexandre
Leitão, com mais esta «posição de força» dos sindicatos de professores. Até já
estou a ver o discurso: “Respeitamos a posição dos professores e confiamos que
até lá se possa chegar a uma plataforma de entendimento que mitigue os efeitos
desta greve!”.
Só não rirão de contentamento, porque seria demasiado
constrangedor.
Greve às avaliações, excluindo as reuniões de 9.º e 12.º ano?
Quem foi o génio que teve tão peregrina ideia? A greve só faz sentido quando
faz estragos certeiros no «adversário» e não nos próprios!
Em quê que o governo sai prejudicado com esta
greve? Quem é lesado pelo adiamento das reuniões a não ser os próprios
professores, já que são eles que irão ter que concluir o mesmo trabalho com uma
ou duas semanas de atraso?
Os professores têm em curso uma Iniciativa Legislativa de
Cidadãos, que já atingiu 68% precisas, quando ainda falta mês e meio para o
final do prazo. Concentremo-nos nisso! Que bom seria que a Fenprof incentivasse
os seus associados a assinar esta ILC.
GAVB
A ILC (que eu também assinei e estou a divulgar com empenho, mesmo sendo sindicalizada num dos sindicatos da Frente Comum) só contempla a recuperação na íntegra dos 9A-4M-2D.
ResponderEliminarA(s) greve(s) contempla(m) outras causas antigas que pesam no nosso dia a dia.
Convém não confundir as coisas... já basta de desinformação e desunião.