Uma das
grandes razões é dispormos de muitas opções de escolha.
À primeira vista, termos várias possibilidades de escolha é
algo que nos devia deixar contentes e ser uma garantia de uma escolha
acertada, mas, frequentemente tal não acontece.
O primeiro entrave é
compreender todas as opções que se nos deparam. Depois há que verificar se elas
são uma real solução para o nosso problema de base ou apenas abrem outros
apetites. Por fim, há que hierarquizá-las segundo critérios objetivos, o que
nem sempre é fácil.
Tomemos,
por exemplo, um caso prático do quotidiano: a escolha de uma refeição num
restaurante. Se tivermos que escolher entre três/quatro pratos, a nossa escolha
é mais célere, convicta e objetiva. Se a escolha poder ser feita a partir de
uma carta de vinte pratos, as dúvidas adensam-se, a convicção esmorece, os
propósitos iniciais mudam.
Se
demos tudo a uma criança, o mais certo é transformá-la em pessoas sem
iniciativa e com muita dificuldade em decidir. O excesso de oferta cria a
ilusão que o melhor é ter tudo, fazer tudo, para não perder nada, mas o que
muitas vezes acontece é que se perde o mais importante – a capacidade de
selecionar o que nos interessa em cada momento.
Se
tivermos, por exemplo, uma regra geral de nos permitirmos apenas três opções, é
muito mais fácil ativar o mecanismo da decisão – ação.
Quando escolhemos,
agimos e estimulamos a vontade de fazer. Fortalecer a nossa capacidade de selecionar
significa reforçar, a longo prazo, a nossa iniciativa, mesmo que as circunstâncias
ou as situações mudem.
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