Trump não teve coragem de ir a Israel, para as comemorações dos
setenta anos do Estado Israel, apesar de ter sido dele a prenda que os
ortodoxos israelitas mais desejavam: a deslocação da embaixada americana de
Tel Aviv para Jerusalém, dando deste modo um fortíssimo sinal do que a
administração Trump pensa do problema israelo-palestiniano.
E Netanyahu recebeu a filha do presidente dos EUA com aquilo
que sabe fazer melhor: a chacina de mais de meia centena de palestinianos na
Faixa de Gaza.
Para o primeiro-ministro israelita, umas pedras provocatórias do
lado palestiniano devem ter como respostas uma saraivada de balas, disparadas
pelos seus melhores snipers,
revelando mais uma vez o que pensa dos acordos anteriormente assinados pelos
seus antecessores bem como as suas intenções de paz.
As pedras dos palestinianos, justamente indignados com a
concretização da decisão de Donald Trump, não eram ameaça nenhuma à integridade
do estado de Israel como Netanyahu teve lata de justificar.
Israel sempre teve um comportamento de elefante na
diplomacia internacional, mas as suas últimas atitudes e em especial a de ontem,
estão muito para além da típica inflexibilidade dos conservadores israelitas;
elas roçam a falta de respeito pelos apoiantes de Israel, pelos milhares de
judeus que construíram a história de um povo milenar e atenta contra o próprio
sentido de humanidade que um Estado de direito deve/tem possuir.
Um Estado não pode matar pessoas que atacam polícias com
umas pedras, não pode atirar conscientemente sobre civis como quem atira num
alvo por pura diversão.
E fazer isso no dia nacional do Estado de
Israel foi sujar a alma do povo israelita, que deve refletir naquilo em que se
está a tornar.
GAVB
Se Israel sente tanta legitimidade em transformar Jerusalem na Capital o que se pode dizer de Castela relativamente a Portugal. Onde começam as raízes dos povos?? Talvez a partir destes nossos historiadores absurdamente tendenciosos. E os Lusitanos??
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