Por enquanto é só uma proposta, mas o Ministério da Educação
quer um modelo de currículo para o 2.º ciclo onde cabem catorze (!!!) disciplinas
e outro para o 3.º ciclo onde existem quinze.
É, de facto, um número exagerado
de disciplinas, como muito bem nota o Conselho das Escolas, que desaprova o
prévio desenho curricular do ME, para o novo ano letivo.
Imaginar uma criança de dez anos a conhecer 14 professores diferentes
todas as semanas não me parece uma muito boa ideia. Se a isto acrescentarmos a
adesão que muitas escolas farão à flexibilidade curricular, então é caso para
temermos uma grande confusão, durante os primeiros meses do próximo ano letivo.
O Ministério da Educação refere que a carga horária semanal não pode
aumentar, mas acrescenta mais três disciplinas, o que obrigará a reduzir os minutos de aula em diversas disciplinas, de maneira permanente, durante todo o 2.º
e 3.º ciclos.
Cidadania e Desenvolvimento, TIC e Complemento à Educação
Artística são as novas disciplinas.
Acho o regresso de TIC fundamental, mas as
outras duas podiam, efetivamente, como diz o Conselho de Escolas, ser cobertas
pela Oferta de Escola ou pela Oferta Complementar.
São disciplinas a mais, que dispersarão ainda mais atenção
dos alunos e obrigarão a uma ginástica enorme na elaboração de horários. E além
disto cria problemas suplementares e desnecessários a quem entra na flexibilidade
curricular, pois é preciso compatibilizar mais professores, num momento em que
muitos ainda procuram assimilar as novas coordenadas curriculares e de gestão
das suas aulas.
Na minha opinião seria melhor esperar que a flexibilidade
curricular criasse raízes, entre professores e alunos, que algumas disciplinas
se habituassem ao modelo semestral
GAVB
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