Tentando jogar
por antecipação, António Costa desculpa-se com a contratação de novos
funcionários públicos (não será antes incorporação dos precários de décadas?)
para conseguir esquivar-se à justa atualização salarial dos funcionários
públicos, que perdem poder de compra há mais de uma década.
“Vamos
contratar, por isso não podemos aumentar!” é um velho e estafado truque do
empresário português da velha guarda que acha que a economia se constrói com
baixos salários.
Era agora que António Costa devia ir buscar o modelo económico
francês, alemão, belga, holandês, finlandês, suíço ou até espanhol e explicar ao povo a sua teoria económica para o desenvolvimento da nação. Mas Costa é só
um «Xico-esperto» da política caseira, sem uma ponta de rasgo ou sentido de
justiça.
A função pública vai
aumentar «poucochinho», para estagnar muitíssimo. Contratará mais médicos e
enfermeiros e alguns auxiliares na educação e saúde ou polícias,
porque «tem mesmo que ser», mas falhará na justiça salarial aos restantes
funcionários.
E depois quer trabalhadores
motivados! Terá apenas uma administração desalentada, sem ambição, cumprindo o
ponto, porque há décadas que lhes faltam ao prometido. Quando há crise são os
primeiros a pagar pelas más opções políticas dos governos, pelo dinheiro
esbanjado em PPP e bancos falidos; quando a economia cresce, têm de esperar…
até à próxima crise.
A quem interessa uma administração
desmotivada, a ganhar mal, onde só estarão aqueles que não querem ir além de um
salário mediozinho? Interessa a quem governa para clientelas e não tem rasgo
para pagar o que é justo para exigir o máximo.
GAVB
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