Collor de Mello, Dilma, Temer, Lula… - o desfile no Palácio
do Planalto sucede-se e a doença da corrupção parece cancerígena. Não é um
problema da presidência, porque muitos outros políticos brasileiros sofrem do mesmo
problema de pele. Diria até que não é um problema dos políticos brasileiros,
pois eles são eleitos democraticamente, escolhidos pelo povo e muitos regressam
a cargos públicos, porque voltam a ter a confiança da população. O problema
está, obviamente, no povo brasileiro que é muito tolerante com aquilo que é
intolerável.
A corrupção é intolerável, visto que é uma traição absoluta
à Confiança.
O argumento que o outro faz igual, que todos fazem o mesmo é um
péssimo argumento, porque não resolve o problema e ainda por cima é mentiroso.
A corrupção será sempre um atraso civilizacional e um forte
travão ao desenvolvimento económico de um país. Não há nenhum país rico e poderoso
que tenha na corrupção um problema estrutural.
De nada vale investir em infraestruturas, saúde ou educação
se não destruirmos uma mentalidade alicerçada no favorzinho.
Saímos do Brasil e chegamos a Angola e temos o mesmo
problema. Angola podia ser isto e aquilo, mas na verdade é apenas um país
subdesenvolvido, poluído de ricos que sugaram os vastos recursos naturais do
país e preferem gastar o seu excessivo dinheiro em compras no Chiado e na
Avenida da Liberdade.
Cabo Verde e São Tomé poucas ruas alcatroadas têm, as suas
crianças andam descalças e o sistema de saúde e educação são rudimentares, no
entanto são países independentes há mais de quarenta anos e lá ficam alguns dos
resorts mais procurados pela elite portuguesa. A Guiné-Bissau é, provavelmente,
a mais importante plataforma africana de tráfico de pessoas, droga e diamantes.
Uma autêntica offshore do crime a céu aberto.
O que é que há de comum nesta desgraça africana e sul-americana?
Portugal. Pior do que um fraco desenvolvimento económico e social, pior que uma
desorganização congénita, foi esta mentalidade pobre e desgraçada que tolera a
corrupção, que deixamos como herança.
É verdade que disfarçamos melhor quer os brasileiros ou os
angolanos, mas é só isso. Os anos passam e pouco muda. Também é por causa disto
que os mais capacitados dos jovens portugueses almejam mostrar competências no
estrangeiro; também é por causa disto que há pouco investimento estrangeiro em
Portugal.
GAVB
«Não há nenhum país rico e poderoso que tenha na corrupção um problema estrutural.»Depois de parar de rir, parei de ler.Parabéns, faz da falácia uma arte.
ResponderEliminarPor falar em rir, gostei bastante da maneira como resolveu assinar o seu comentário. Acho que diz muito do seu autor. Quanto à arte da falácia, estou mesmo a ver os suíços, os noruegueses,os dinamarqueses, os suecos, os canadianos, os japoneses, os ingleses, os franceses e, até certo ponto, os americanos a verem a corrupção como o seu principal problema.
EliminarConcordo em absoluto com o aqui foi escrito,mas uma coisa que irrita especialmente e essa teoria Ariana/Viking que eles são todos cidadão exemplares,que nunca cometeram um pecado,que pagam os imposto alegremente e que fazem questão de o fazer.
ResponderEliminarVejamos a Suiça que nada produz alem de relógios e queijos.pais riquíssimo com o dinheiro dos outros que confiam cega menta na seriedade dos mesmos e que não fazem perguntas inconvenientes,nem dão informações a ninguém gente de respeito.
Os Alemães que muito admiro principalmente porque produzem carros de qualidade irrepreensível eu tenho um e posso constatar o facto diariamente,pena é que polua mais do que anuncia o que até nem faria grande diferença se não fora aumentar brutalmente o nosso amado imposto de circulação,quanto á seriedade dos bancos, não tendo um Ricardo Salgado,o Serissimo Deutsche Bank onde confiaria as minhas poupanças sem qualquer receio só não faliu porque o Estado Alemão chegou-se á frente com o dinheiro dos contribuintes,que se conste não foi nacionalizado,vade retro Satanás,e continuam os mesmos que lá estavam,a Noruega esse idiliaco pais de plataformas petrolíferas e do bacolhau que não dispensamos á nossa mesa,tambem conhecido pelo salmão fumada,animal esse criado em cativeiro em unidades de aqualtura irrepreenciveis na forma como são tratados,porque para esterquice as empresas do sector instalam no sul do Chile empresas franchiser ,em que a cadeia alimentar é praticamente autónoma comem os seus próprios excrementos, isto tudo devidamente licenciado pelas autoridades locais corruptas presumo.para finalizar que já me alonguei demasiado,a Suécia cujas elites apoiavam a Alemanha Nazi talvez em troca da sua neutralidade.
Atentamente
Álvaro Sousa
CONCORDO COM O TEXTO E COM O ÁLVARO.
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