A beleza descomunal, intocada e surpreendente da natureza
engana o cansaço acumulado ao longo de um percurso exigente, feito parcialmente
à torreira do sol e ao ritmo do sobe e desce de escadarias íngremes e
imponentes.
Imponência deslumbrante é um comentário comum em quem
experimenta pela primeira vez os Passadiços do Paiva.
São centenas as pessoas que diariamente convocam um corpo pouco habituado a sacrifícios, para uma aventura de sentidos, onde desfrutar da beleza da natureza é prémio suficiente.
São centenas as pessoas que diariamente convocam um corpo pouco habituado a sacrifícios, para uma aventura de sentidos, onde desfrutar da beleza da natureza é prémio suficiente.
Os Passadiços do Paiva são uma façanha para ser cometida… acompanhado. E a escolha do (a) parceiro (a) é quase tão importante como a seleção do calçado e da roupa adequados. Devemos apenas desafiar quem sente motivação e capacidade para duas horas e meia de caminhada (versão mais curta), a um ritmo razoável. Cada um deve avaliar corretamente as suas capacidades, motivações e grau de satisfação que as belezas naturais lhe proporcionam, porque as dificuldades também existem.
Para quem decide fazer o percurso ida e volta (e assim
dispensar que o táxi o traga de regresso ao carro) é bom contar com um dia
completo de aventuras. Às duas horas e meia que o percurso demora há que
acrescentar as paragens para as inevitáveis fotos, a pausa para uns
belos e retemperadores mergulhos na praia do vau e o tempo que ocupamos a
almoçar e a descansar um pouco. Tudo contabilizado, é bem possível que passemos
sete horas nos Passadiços do Paiva, sem nos demorarmos muito tempo em nenhum
lado.
Apesar de muitos pais levarem consigo os filhos de tenra idade, acho que tal só é aconselhável a partir os 10/12 anos, pois acredito que só a partir dessa idade começa a ser razoavelmente suportável o esforço físico exigido ao longo dos 9 ou 18 km de caminhadas.
Embora o calor não tivesse sido muito excessivo, é fácil
perceber que a Primavera e as primeiras semanas do Outono são as alturas do ano
ideais para viver esta comunhão superlativa com a natureza.
Com sorte podemos encontrar esquilos, cabras, belos exemplares de aves e peixes, no rio. No final, a nossa memória afetiva guardará a beleza que nos invadiu o olhar, porque o cansaço desaparece na viagem de regresso, entre as curvas da serra que recortam o Douro e o Paiva.
Com sorte podemos encontrar esquilos, cabras, belos exemplares de aves e peixes, no rio. No final, a nossa memória afetiva guardará a beleza que nos invadiu o olhar, porque o cansaço desaparece na viagem de regresso, entre as curvas da serra que recortam o Douro e o Paiva.
GAVB
Também já fiz. Adorei! A descrição que fizeste é digna de um escritor. Parabéns!
ResponderEliminarObrigado Paulo, pelas tuas simpáticas palavras, que são, obviamente, um exagero. O que não é um exagero é a beleza dos Passadiços do Paiva e, sobretudo, da natureza envolvente - nisso estamos totalmente de acordo.
Eliminar