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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A MOBILIDADE DOCENTE POR DOENÇA É SEMPRE BEM APLICADA?


Dentro da mobilidade docente, a mobilidade por doença é aquela que suscita maior melindre entre os professores, porque envolve a saúde das pessoas, porque cada caso é um caso, porque suscita grande desconfiança entre colegas, ainda que muitas vezes ela não seja verbalizado.
As regras são claras e conhecidas da maior parte dos docentes e abrangem não só a doença do próprio professor como de um filho ou de um pai/mãe. Provar dependência absoluta de um pai/mãe doente não é, infelizmente, não é muito difícil para um professor.

A questão que coloco é se o uso reiterado desta exceção não introduz uma certa injustiça na colocação de professores. Infelizmente, não é comum o ME divulgar dados sobre pedidos aceites e recusados de mobilidade por doença, para podermos ter uma opinião mais sustentada sobre a dimensão da exceção. Seria interessante percebermos quais as razões mais atendíveis, mais evocadas e até as mais recusadas.
Noutra perspetiva, seria benéfico ou não, para a transparência do processo, os ME divulgar uma lista dos professores que beneficiaram deste tipo de mobilidade bem como o número de vezes que o solicitaram e obtiveram parecer positivo?
Percebo perfeitamente que ninguém goste de ver a sua situação de saúde ou dos seus exposta, mas a boa aplicação da lei não merece transparência absoluta? Não nos sentiríamos todos mais confortáveis?

GAVB

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