O príncipe Alberto, marido da
rainha Vitória, faleceu a 14 de Dezembro de 1861, supostamente vítima da febre
tifoide, lançando a rainha num profundo desgosto, que durou até ao final da sua
vida, pois vestiu de negro até ao último dos seus dias.
Depois de desabafar com seu
tio Leopoldo I (sempre um grande confidente e apoio da rainha), Vitória decidiu
afastar-se da vida pública. Saía pouco; visitava a capital inglesa raramente, o que lhe valeu muitas críticas da população, que não entendiam quanto
aquele coração ficara destroçado com a morte do grande amor da sua vida.
As ideias republicanas nasceram do descontentamento da população pelo luto extremo de Vitória.
À medida que o tempo foi
passando, a rainha foi convencida a assumir uma postura mais atuante. O
Parlamento atribuiu-lhe o título de «imperatriz da Índia», em 1877, tornando-a
uma figura central do império e procurando reabilitá-la aos olhos da população.
Um amor como o de Vitória e
Alberto é raro entre monarcas. Raramente os casamentos reais saíam do
convencional “contrato de interesses” entre casas reais, mas Alberto e Vitória
selaram o seu acordo com o carimbo do amor.
Durou pouco tempo o enlace
(Vitória ficou viúva aos 42 anos), mas o suficiente para florescer um grande
amor. Enquanto foi viva, Vitória procurou manter os projetos, os planos, os
desejos, a perspetiva sobre as coisas que Alberto tinha, pois além do grande
amor que os unia, a rainha admirava muitíssimo o seu esposo como pai, esposo e
rei.
Gabriel Vilas Boas
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