Talvez o título seja exagero, mas é o que apetece chamar ao
dia do ano que concentra efemérides tão negativas como Guernica, Chernobyl ou Tiananmen.
Antes de falarmos da «morte», convém referir um dos seus “anjos”
preferidos: a Gestapo.
A 26 de abril de 1933, a mais temível polícia política
que a europa ocidental conheceu ficou oficialmente estabelecida. Acho que a
partir dessa primavera o dia 26 de abril nunca mais se recompôs, pois quatro
anos volvidos, a desconhecida cidade basca de Guernica, em Espanha, foi
violentamente bombardeada pela aviação alemã, numa espécie de ensaio geral para
a II Guerra Mundial, sem que ninguém percebesse que a estreia estava para
breve. Estupidamente o ataque teve a conivência de Franco. Só por isto, já merecia ser odiado por todos os espanhóis, mas ele fez por merecer mais...
Este bárbaro ataque ficou celebrizado no mais fabuloso quadro Pablo
Picasso – Guernica – que atrai milhões de pessoas ao Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, bem no centro de Madrid.
Meio século mais tarde, em 1988, o azar deste dia de abril
voltou a fazer das suas em Chernobyl (cidade da atual Ucrânia, na altura
incorporada na extinta URSS), quando o reator da central nuclear colapsou,
provocando danos irreparáveis na população e no ambiente, que ainda hoje se
fazem sentir.
Um ano mais tarde, na China, na Praça da Paz Celestial (que
ironia da História…) ou Praça Tiananmen decorria um significativo protesto de
jovens chineses contra o enclausurado regime comunista chinês. A 26 de abril, o
jornal chinês Renmin Ribao, num editorial que fez História, deixava antever o
final infeliz da história, quando alcunhava o movimento estudantil que ocupava
a Praça como subversivo e desestabilizador. O destino estava traçado, mas uma vez com o dia 26 de abril a servir de enquadramento temporal.
Nota de rodapé: ainda não é uma figura história e
possivelmente não o virá a ser, mas a 26 de Abril de 1970, nascia na Eslovénia
Melanija Knavs. Aos dezasseis anos mudou-se para os EUA e aos vinte e um
conseguiu o visto de residente permanente nos EUA. Nesse mesmo ano casou com
Donald Trump, tornando-se, nessa altura, cidadã norte-americana. É hoje a
primeira-dama do país mais poderoso do mundo e talvez seja melhor ficar apenas
por isso…
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