Brutal, intenso, apaixonado, sofrido, cheio de histórias e
traições – o amor de Frida Kahlo e Diego Rivera, é um daqueles amores que
perduram longos anos na memória coletiva. Provavelmente, o mural mais belo que
a pintura mexicana tem para mostrar ao mundo.
Frida e Diego eram duas personalidades fortíssimas, fogosas
e com um talento comum: a pintura.
Frida teve uma vida de sofrimento progressivo, por causa de
um horrível acidente, quando ainda era jovem, mas o encontro com Rivera, aos
vinte e um anos, marcou-lhe a vida, porque os dois eram duas almas gémeas.
Viveram um amor que durou um quarto de século, marcado por
muitas traições (sobretudo de Rivera, mas também de Frida, que não era mulher
de se ficar…), arrebatadora paixão, intensa atividade artística e ativismo
político.
Nem Diego nem Frida eram particularmente bonitos, mas a
personalidade de ambos era cativante. Rivera tivera duas esposas antes de
Frida, e um número incontável de amantes. A saga prosseguiu durante o
casamento com Kahlo, mas esta respondeu à letra, sendo-lhe infiel com o célebre
Léon Trotsky, dirigente comunista exilado no México, que Estaline perseguiu e
mandou assassinar de forma cruel.
Além da arte, o comunismo também os unia. Mais Diego que
Frida, até porque Diego era um comunista sui generis e provocador. Teve a
ousadia de, certa altura, pintar um mural para o magnata norte-americano John
Rockefeller Jr., o célebre “Man and Crossroads”, que ilustra a tensão entre a
arte e a política. O mural era para figurar no lendário Rockefeller Center, um
dos ícones do capitalismo, mas o norte-americano mandou-o destruir depois de
perceber que Rivera lá tinha retratado, entre outros, Marx e Lenine.
Apesar de ser considerado um dos melhores muralistas de
sempre, Rivera achava que Frida era melhor pintora do que ele. Ela não
acreditavam muito nisso, mas o mundo da arte veio a dar-lhe razão, no final do
século XX, ao valorar extraordinariamente as suas obras.
Frida Kahlo morreu antes de fazer cinquenta anos, por causa
de um corpo débil e dilacerado. Rivera sobreviveu-lhe pouco tempo, embora ainda
tivesse casado outra vez (ou não fosse ele Diego Rivera…), mas o grande amor da
sua vida foi Frida Kahlo. Eles foram a mais bela história de amor intenso que o
méxico conheceu.
gavb
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