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sábado, 13 de outubro de 2018

NÃO É A POLÍTICA QUE TEM DE COMBATER A CORRUPÇÃO, MAS A JUSTIÇA

Agora que saiu da Procuradoria Geral da República, Joana Marques Vidal farta-se de dar palpites, opiniões, recados sobre como ser deve fazer Justiça em Portugal, com deve atuar o Ministério Público, quem e como deve ser escolhido o Procurador Geral da República…

Em todo o momento, Joana Marques Vidal demonstra que digeriu muito mal a sua não recondução enquanto PGR, apesar de nem Primeiro-Ministro nem Presidente da República, em momento algum, lhe terem dado essa indicação. Talvez Joana Marques acreditasse que ia ser reconduzida por televoto ou por indicação do Correio da Manhã ou que o Primeiro-Ministro ainda fosse Passos Coelho e o Presidente Cavaco Silva… 



Depois de perorar sobre como deve ser o processo de escolha do PGR, hoje, JMV, atira sobre os políticos "A resposta política sobre à corrupção não é eficaz". 
Não são os políticos que têm de fazer frente à corrupção, mas sim os tribunais, os juízes, os magistrados do Ministério Público. Os políticos, enquanto decisores públicos, são um alvo da corrupção. Como podem ser eles a combater aquilo que tem interesse em esconder?
A estratégia tem de ser do aparelho judiciário, por isso mesmo é que são um órgão de soberania e não dependem da poder político, por isso há separação de poderes.
Joana Marques Vidal acha que não temos leis anti corrupção suficientemente eficazes? Que os políticos são responsáveis por isso? Então, devia tê-lo dito quando foi escolhida para PGR e não ter aceitado o cargo. 


Falar agora de falta de estratégia no combate à corrupção, culpando o poder político, quando ela teve à frente do Ministério Público durante vários anos, ajudando a formalizar processos de acusação contra José Sócrates, Ricardo Salgado, Zeinal Bava, Henrique Granadeiro cheira tanto a ressabiamento e fica-lhe muito mal. 
Se houve Procuradora que pôde acusar quem quis, dos mais poderosos aos menos poderosos, amigos de quem estava no poder (Ricardo Salgado era amicíssimo de Marcelo, António Costa foi ministro de Sócrates), foi Joana Marques Vidal.
Se ela acha que não temos leis suficientemente fortes e  eficazes, que aponte as falhas e apresente propostas e se deixe de remoques e «bocas» que em nada a prestigiam.
GAVB

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