Mário Ceteno quer mesmo o Óscar de Melhor Artista Político do Ano e é capaz de o conseguir, embora a concorrência de António Costa e Azeredo Lopes seja feroz.
Depois da rábula da reforma sem cortes aos sessenta anos de idade e quarenta anos de descontos, que afinal é só para uma pequena minoria e terá, ainda assim, alguns cortes, agora, o suposto Ronaldo do défice, anuncia a redução do ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos), mas só para a gasolina, como se o gásoleo não fosse petrolífero, mas feito de hidrogénio.
Centeno gosta imenso destes golpes de ilusionismo, como se o povo português não lhe apanhasse a «marosca». Centeno reduz o ISP sobre a gasolina para tentar contornar a votação da Assembleia da República, no final do primeiro semestre do ano, que obrigava o governo a terminar com a sobretaxa que o Executivo aplicava aos produtos petrolíferos e que já não se justificava, dada a acentuada subida da cotação od petróleo nos mercados internacionais.
Na altura, Mário Centeno explicou que a medida só podia ser aplicada no Orçamento de 2019, agora quer fugir com o imposto à seringa da lei, aplicando-a apenas à parte menor da fatura, ou seja, à gasolina, já que os veículos a gasolina são menos de metade dos a gasóleo.
Detesto estes truques políticos, que me fazem lembrar contabilidade criativa e aquilo que a política tem de pior: a arte de contorcer a realidade.
Esforço desnecessário e ridículo, ainda ssim perdemos muitas energias neste fogo de artíficio de pobre.
GAVB
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