A AFS é um organismo que surgiu nos EUA após a 2ª guerra mundial, para socorrer as vítimas da guerra.
Depois que a guerra terminou decidiram continuar como organismo mas numa missão de paz, tolerância, entendimento de diferentes culturas, troca de experiências com jovens de vários continentes.
Através deste organismo, jovens portugueses podem inscrever-se e viver uma experiência num país do mundo à sua escolha, de entre os países que se disponibilizam para os receber. Por sua vez o nosso país tem também protocolos com alguns países e recebe todos os anos cerca de 90 estudantes. Alguns ficam três meses, outros seis e outros 9 meses (um ano letivo).
As famílias portuguesas inscrevem-se e são sujeitas a uma seleção que inclui uma entrevista na nossa casa para que a AFS verifique as condições para receber um estudante e as motivações que as levam a receber um jovem na sua casa.
O estudante segue um programa académico, ou seja, frequenta a escola secundária mais próxima da família de acolhimento. Sempre que possível pode praticar um desporto que exista e seja do agrado do estudante e participar em alguma atividade cultural disponível caso seja do seu agrado.
O que se recebe por esta experiência é essencialmente a parte humana e cultural de ter connosco um jovem que partilha connosco o dia a dia, a sua vivência que se mistura com a nossa. É muito bom!
A AFS acompanha o estudante, cada um tem um voluntário de contacto que vai monitorizando o seu estado, adaptação ou alguma dificuldade. A AFS proporciona aos estudantes várias atividades, começou logo à chegada a Lisboa, ficaram juntos um fim de semana em Lisboa. Depois, cada núcleo organiza-se de forma a proporcionar aos estudantes várias atividades.
No nosso caso, o Porto é a cidade escolhida e onde os estudantes se juntam mais vezes, percorram-na e já a conhecem razoavelmente. Passaram também um dia em Braga.
Este fim de semana, por exemplo, estão num campo, na Foz do Douro Porto, também organizado pela AFS.
Além disso, cada família, segundo as suas possibilidades proporciona ao estudante outras saídas de forma a conhecer outros locais do nosso país.
É uma experiência que recomendo. No nosso caso, depois de termos recebido um jovem russo com 15 anos e agora uma jovem da Bélgica com 17 anos, tenho a dizer que este programa é muito bom, enriquecedor a vários níveis, para eles, para nós enquanto casal e para os nossos filhos. A empatia e abertura destes jovens é imensa e isso facilita grandemente a integração na família e mesmo na escola. A Escola de Vilela, Paredes, recebe muito bem estes estudantes, acarinha-os e dá-lhes o apoio que necessitam.
Fátima Costa
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