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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

PCP E BLOCO DE ESQUERDA TAMBÉM ABANDONAM OS PROFESSORES

O PCP e o Bloco de Esquerda aceitaram a exigência do governo e não incluíram a questão do tempo de serviço dos professores na negociação do Orçamento de Estado. 
Catarina Martins afirma mesmo: «Pela nossa parte é matéria que não voltaremos no próximo Orçamento» enquanto Jerónimo tem a lata de dizer que "no Orçamento de Estado não se discutem aumentos salariais. O PCP não é uma organização sindical, não assume um papel sindical, isso compete aos sindicatos".

Que desilusão e que traição! Desistiram de lutar pelos direitos de milhares de trabalhadores. Afinal não é o PS que cede ao capital e aos interesses da Direita, mas o próprio PCP e Bloco que tanto se vangloriam em ser guardiões das lutas dos trabalhadores. 
Que Jerónimo não venha mais reivindicar os louros do aumento do salário mínimo, porque afinal o PCP não anda a discutir aumento de ordenados no OE. 
A esquerda portuguesa capitulou. Não adianta pedir votos, se não estão no Parlamento para lutar por quem apenas quer ver reconhecido o seu tempo de serviço. Incapazes de vergar o PS quando este mais frágil estava, o PCP e o Bloco mostram fraqueza e cobardia.

Fica claro para os professores que apenas devem contar com a força das suas razões e das suas ideias. A Fenprof seguirá as ordens da Intersindical e esta depende do PCP. Nada podemos esperar de quem mostra não ter força nem vontade para abraçar a causa dos professores. 

O último Orçamento de Estado do governo minoritário do PS faz a prova que faltava: a falsidade e a hipocrisia política não é um exclusivo da Direita.

A luta dos professores é mais do que a luta de uma classe profissional ou dos funcionários públicos. Os professores não procuram privilégios, mas apenas que a palavra dada pelos dirigentes seja cumprida, que aquilo que se aprovou na Assembleia da República seja respeitado. Como se verá com a aprovação deste OE, a reposição nos professores no escalão remuneratório adequado não é uma questão de dinheiro. Em ano de eleições, mais dinheiro vai ser gasto com a descida do IVA, com o aumento dos médicos, da polícia, dos enfermeiros, dos juízes e Magistrados. Todos terão o seu rebuçado, exceto os professores, pois tiveram a ousadia de enfrentar o governo.  

O PCP e o Bloco, afinal, são como os outros? Deixá-los. Não adiante contar  com ajuda de cobardes nem negociar com gente cínica, hipócrita e mentirosa. 
A hora dos professores há de chegar e isso talvez acontece mais depressa que a geringonça pensa. 
Algumas das mais belas flores nasceram no meio do entulho.
GAVB

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