Sofia Garcia da Silva, técnica de educação especial, aconselha os pais, que querem ajudar na educação dos seus filhos, a investir nas funções executivas. Segunda esta técnica, as funções executivas comportam três eixos fundamentais: memória do trabalho (manipular mentalmente informações necessárias à resolução de uma tarefa complexa), controlo inibitório (ser capaz de resistir a distrações, tentações e hábitos, controlando emoções) e flexibilidade cognitiva (ser capaz de alterar estratégias, pensamentos e prioridades em função das necessidades).
O artigo de Sofia Silva no jornal Público é importante, confirmando que o pensamento dominante em Educação aponta para o saber fazer. Talvez seja este o maior desafio de pais e professores: deixar crianças/jovens aprender experimentando. Ensinar através da tarefa e não do discurso.
Em casa, na escola, na rua, no contacto social, é fundamental que a criança possa fazer e sentir o produto do seu trabalho.
Fazer o jantar, ir às comprar, gerir a economia doméstica durante uma semana, resumir um noticiário, fazer oralmente, para a família a apreciação crítica de uma série ou filme é tão relevante como muitas das tarefas que os professores pedem aos seus alunos nas aulas.
A melhor aprendizagem é aquela que se traduz num ganho efetivo para cada aluno. No entanto, o circuito não pode ser interrompido - da escola para casa ou de casa para a escola.
Se a mãe continuar a tratar o seu filhinho como um bebé que nada pode fazer com responsabilidade ou as aulas de Francês, Português ou Ciências permanecerem em modo palestra, obviamente as funções executivas de cada aluno continuarão offline.
GAVB
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