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domingo, 9 de dezembro de 2018

A.K.K. - A MINI MERKEL QUE GOVERNARÁ A ALEMANHA

Detesta que lhe chamem «Mini Merkel», mas as alternativas para Annegret Kramp-Karrenbaeur não são muito melhores, porque o nome é mesmo intragável. Provavelmente a nova líder da CDU alemã terá de escolher entre A.K.K. ou «Mini Merkel». 
O primeiro objetivo desta alemã de cinquenta e seis anos é estabelecer a unidade dentro da CDU, pois a sua vitória sobre Friedrich Merz foi tangencial, trinta e cinco votos de diferença. 
A.K.K. representa a continuidade da visão de Merkel, defendendo uma política social baseada na defesa da dignidade humana. 
«Nós, democratas cristãos, discutimos, mas perseguimos ou destruirmos as outras pessoas. Não fazemos nenhuma distinção na dignidade humana»
Uma garantia para fora e um recado para dentro do partido, que teve a tentação de virar à direita, através da candidatura de Merz

Annegret diz que tudo  o que fez até agora nada tem de «mini», mas terá de provar ser uma digna sucessora da ainda chanceler germânica. Ela sabe perfeitamente que o grande desafio da Europa é criar valor sem destruir direitos, por isso anuncia: «Se tivermos valor, viveremos numa Europa forte, com um euro à prova de crises e com um exército europeu

A resposta alemã ao abandono inglês do projeto europeu parece algo de estruturado e pensado por alguém que não desistiu desse ideal europeu que Helmut Kohl e François Mitterrand ajudaram a construir e a concretizar. 
Seguir-se-á Angela Merkel em Bruxelas para suceder ao inimputável Jean-Claude Juncker, na presidência da Comissão Europeia? O cargo precisa de gente com peso político, o que já não acontece desde Jacques Delors.

Gabriel Vilas Boas 

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