As primeiras idades são fundamentais para todos os seres humanos, a necessidade de proteção, a dependência dos seus cuidadores, a sede de amor e a satisfação dos seus objetivos é o que determinará, em grande medida, como se desenvolverão em suas vidas como adultos.
A maioria das culturas deixa de lado as principais necessidades das crianças e o propósito da vida como tal, para colocá-los numa corrida para a qual elas nem estão preparadas, argumentando competitividade, qualidades de liderança, independência, encorajamento e atitudes que as ajudam a destacarem-se, superando as habilidades dos outros.
As crianças, como boas esponjas, absorvem tudo o que suas principais fontes de influência lhes oferecem - ideias e crenças básicas que as acompanharão durante a maior parte de suas vidas. Somente quando o adulto questiona essas crenças ele é capaz de transformá-las em favor.
Frequentemente, nós, adultos, pressionamos uma criança a destacar-se num desporto, sacrificando a recreação tão necessária a qualquer criança, provavelmente para cumprir os nossos caprichos ou sonhos frustrados.
Se ensinarmos as crianças a ouvir, a fazer o que gostam, a pensar, a administrar suas emoções, certamente lhes daremos ferramentas para que possam escolher suas próprias opções, mesmo desde a infância.
É sempre útil uma orientação, alguma sugestão, mas a imposição não deve ser um recurso. Infelizmente, muitas vezes, os presentes das crianças não se desenvolvem para encorajá-los a realizar qualquer outra atividade que consideremos ser a melhor para eles.
É preciso que os adultos percebam que a melhor coisa para as crianças é manter a sua essência, o que lhes permite ter o equilíbrio que perderá rapidamente se estabelecermos, por elas, prioridades erradas, desde a infância.
A contribuição mais valiosa que podemos oferecer aos nossos filhos é o amor, o respeito pelos seus tempos, pelos seus gostos, pelas suas preferências, pelo tempo de qualidade que oferecemos, pelo interesse que mostramos nas suas coisas, mesmo que os vejamos muito pequenos.
É isso que definirá sua segurança, sua autoconfiança, seu amor próprio, seu senso de pertencimento. O que deve ser encorajado é o impulso de ser melhor que eles mesmos, de fazer de si mesmos, dia após dia, sua melhor versão, não importando o que o irmão, o colega de classe ou o filho do vizinho faça.
Cada ser é único e tem todo o direito de ser feliz, rodeado de pessoas que valorizam o que é, quem o guia sem forçá-lo.
Toda a criança merece crescer e ser formado por ser amado, por quem o rodeia e aprender todos os dias a gostar de si também. Quando essas bases são bem fundamentadas, haverá poucas hipóteses de ele não estar alinhado com sua felicidade e certamente se destacará, mas não porque procure competir, mas porque saberá o que quer, o que o faz feliz.
Não será perfeito, mas será mais claro do que muitos o propósito da vida, que não é outro senão: ser feliz!
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