O problema já nem é a falta de vergonha de quem propõe ou de quem acha bem ser aumentado num período como este, mas de não ser posssível haver um mecanismo legal para impedir tal indecência ética.
Não basta a Marcelo escrever ao ministro, nem basta a indignação de Rui Rio. É preciso ir mais longe e rapidamente.
Na minha opinião, talvez estivesse na altura de moralizar definitivamente os salários nas empresas públicas, em Portugal. o salário mais alto pago pelo estado português deve ser o do Presidente da República e ponto final.
Todo e qualquer outro cargo é inferior. Seja ele presidente da TAP ou outra qualquer empresa pública.
Os administradores não estão interessados em continuar? É baixo o salário? Têm bom caminho: apresentam a demissão. Se o ministro que manda na TAP recebe 4200 euros por mês, nada justifica que um seu subordinado receba 35000 euros, ou seja, mais de oito vezes esse valor.
SALÁRIOS DOS POLÍTICOS PORTUGUESES
Se um primeiro-ministro consegue encontrar gente com valor que queira ser ministro, também consegue encontrar bons gestores que recebam um salário bem menor, como se consegue encontrar bons juízes, bons cirurgiões ou bons técnicos.
Portugal tem de pagar os salários que pode e não os salários que outras empresas do mercado internacional pagam. Por alguma razão não houve interessado em comprar a TAP e foi o governo que teve de assumir os encargos.
A TAP está em coma e não é nada certo que se consiga salvar. Os salários de quem comanda são um sinal evidentemente que se dá aos trabalhadores da TAP. Se o sinal a dar é pagar salários de 35 mil euros ao presidente da comissão executiva, num momento de crise aguda, em que os contribuintes precisaram de se chegar à frente, então mais vale "enterrar" já o projeto de viabilidade económica da TAP.
Depois as pessoas do PS não percebema razão do Chega de Ventura crescer a olhos vistos. Claro que cresce, pois as decisões de quem governa são tão inexplicáveis e eticamente indecentes que até um Ventura a meio gás «chega» para titar disso dividendos eleitorais.
GAVB
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