Uma discussão fútil entre médica e paciente, por causa do suposto mau modo como a clínica se dirigia à utente do hospital de São Bernardo, em Setúbal, levou ao espancamento da médica por parte de uma jovem de 25 anos.
Bofetadas, pontapés, cabelos arrancados - tudo serviu para agredir uma profissional de saúde, que dava o melhor de si, para atender com eficiência e competência a população do distrito de Setúbal.
Não voltará a exercer naquele hospital, tal o trauma que esta agressão lhe causou.
Além da dor física e dos ferimentos graves num olho, que obrigaram a intervenção cirúrgica, subsiste a humilhação que a impunidade da agressora goza, pois ficou e liberdade após bárbara e gratuita agressão.
Da administração do hospital de São Bernardo nem uma palavra de condenação nem uma frase de solidariedade, muito menos um pedido de desculpa formal pela falta de segurança do hospital.
Com muita tristeza verifico que a população portuguesa não percebe bem a situação crítica que a SNS está a viver, com uma debandada sem precedentes de clínicos para o setor privado ou para o estrangeiro.
Abandonados pelo governo, não defendidos pelas administração escolares e agredidos pelos utentes, os médicos estão exaustos e desiludidos. Sentem-se humilhados e, muitas vezes, com razão.
Não estão para «isto»! Quem estaria?
GAVB
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