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domingo, 22 de dezembro de 2019

EM PORTUGAL, A PROTEÇÃO CIVIL É UM DIQUE PRONTO A REBENTAR




Chove há várias semanas em Portugal, mas com intensidade há apenas três /quatro dias. Foi o bastante para cidades como Amarante, Régua, Porto, Águeda ficarem inundadas. Foi o suficiente para aldeias de Montemor-o-Velho ficarem parcialmente submersas, porque o dique não aguentou a pressão das águas.

Vai ser assim sempre que chover com alguma intensidade? Parece que sim, mas não tinha que ser assim. Dizem que as barragens ajudam a regular o caudal, mas aldeias, vilas continuam a ser inundadas. Então, é porque a sua capacidade regulatória é muito diminuta ou a sua capacidade de armazenamento é reduzida e não consegue suportar uma semana de intensa chuva. Ou então a construção nas margens de alguns rios foi permitida sem atender à segurança de pessoas e bens em caso de chuvas intensas para lá de uma semana.
Qualquer que seja o lado por onde olho a resposta é sempre a mesma: incompetência, irresponsabilidade.

Não gosto de discutir culpas em altura de crise ou desgraça, mas sinto que é preciso chamar os responsáveis por determinadas decisões. Explicar às populações o quanto determinada decisão foi errada e causou danos. Quem fez o quê e quem se encolheu, deixando andar, deixando construir ou impedindo que se fizessem obras preventivas absolutamente necessárias. Que as contas dos prejuízos se façam e que chamamos à responsabilidade quem as causou.


Quando o país precisa da proteção civil, ela tem falhado. Foi assim nos incêndios, é assim nas mini cheias. Também desaparecem os pavões do costume, que usam os fins-de-semana para «trabalho político» junto das populações. O que é isso de trabalho político? Jantares e discursos ocos, com graçolas e ataques aos adversários políticos? Neste fim-de-semana, muitos portugueses precisaram do trabalho político dessa gente, mas só apareceram alguns Presidentes de Câmara, aqueles que realmente amam as suas gentes e tentam resolver os seus problemas, impotentes perante a subida das águas, sem poder nem meios para construir uma «muralha defensiva», para que a história não se repita.

A proteção civil que temos é diquezinho pronto a rebentar às primeiras enxurradas. Amesterdão e a Holanda estavam desgraçados se tivessem governantes assim.

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