Tive um filho que era teu
mas quando me
abandonaste
o filho ficou
só meu
fruto apenas de
uma haste.
Por ele passei
as passas
Que ninguém há
de passar
andei ruas
corri praças
e o meu filho e
o meu filho
e o meu filho e
o meu filho
por criar.
Lá porque sou
mãe solteira
não me atirem o
desdém
amei de muita
maneira
com amor de pai
também
fui operária do
meu corpo
mulher homem a
lutar
eu não quis um
filho morto
e o meu filho e
o meu filho
sabe andar.
Sabe andar de
pés no chão
com o olhar de
quem perdoa
a um pai que
disse não
porque um não
já não magoa
à mulher que eu
soube ser
foi pelo filho
que tive
e agora o que
acontecer
é porque o meu
filho vive.
Se tu hoje
queres voltar
sou eu que digo
não
eu também lhe
soube dar
a força que os
homens dão
mãe solteira
mas inteira
mulher que
soube parir
tu não estás à
minha beira
e o meu filho e
o meu filho
e o meu filho e
o meu filho
sabe rir.
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