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sábado, 10 de julho de 2021

PRISÃO É PARA POBRE, RICO PAGA CAUÇÃO

Finalmente chegou a vez de Vieira. Ao contrário do que muitos pensavam, já nem o Benfica lhe valeu, exatamente porque o lesado era o Benfica. 


Vieira andou anos a enganar o novo Banco e, por consequência o erário público; 

Joe Berardo já nem se lembrava do tempo em que, com o beneplácito dos governos socialistas de Sócrates e Costa, pedira dinheiro à Caixa para tentar comprar o BCP, a mando dos amigos socialistas; 

Ricardo Salgado anda tão cansado que nem ao próprio julgamento se digna ir. Passaram longos anos sem que esta gente fosse sequer incomodada. 

Hoje têm todos mais de setenta anos. Prendê-los pareceria desumano e eles, obviamente, sabem disso, como sabiam todos aqueles que andaram anos a empastelar os processos, para que chegássemos a esta situação: só restar ,ao todo poderoso Carlos Alexandre, obrigá-los a pagar umas cauções de poucos milhões (uma espécie de trocos tendo em conta tudo aquilo de que são acusados de desviar ou roubar) e mandá-los para casa, onde aguardarão. pacientemente. que passem mais uns cinco a dez anos até que um outro juiz diga que têm de ir a tribunal por um quarto dos crimes que agora lhes são imputados.

 Provavelmente, quando esse julgamento pífio começar, alguns deles terão já perdido a convenientemente a memória dos factos e parecer-nos-ão velhos senis, prontos para morrer dali a pouco tempo.

Nenhum dos muitos milhões que desviaram para contas amigas será recuperado. No fundo, no fundo este dez milhões que Carlos Alexandre impôs a Vieira, José António dos Santos e Joe Berardo são uma espécie de esmola que os arguidos deixam aos contribuintes e nos fazem parecer ainda mais tolos.

Daqui a alguns meses, quando Vieira tiver mesmo saído de cena, não serão apenas os benfiquistas o alvo da chacota popular, mas todos os contribuintes portugueses,  a quem Vieira, Berardo, e Salgado tiveram a lata de sugar e gozar.

Esta justiça  mediática é o novo pão e circo, com que os tolos são enganados, roubados e, no fim, batem palmas. 

Precisamos de muito mais do que cauções ou prisões domiciliárias. Precisamos de impedir o crime, criando regras preventivas muito mais rígidas.  

Gabriel Vilas Boas

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